Celso Gustavo Castello Ribeiro, nascido no Rio de Janeiro, casado com uma defensora pública, pai de 3 filhos, é o novo delegado titular da 53ª DP Mesquita. Visitando a delegacia juntamente com a Dra. Fabíola Rodrigues, batemos um papo com o delegado Celso Gustavo Castello Ribeiro, abordando o atendimento à mulher e a visão atual da sociedade em relação ao agente público ( policial).
Percebemos que mesmo não possuindo uma DEAM (delegacia especializada no atendimento à mulher) a delegacia de Mesquita possui uma Sala Rosa onde as mulheres em estado de vulnerabilidade, são ouvidas por uma policial, em um local reservado para que essas mulheres se sintam menos constrangidas e consigam relatando os fatos sofridos com mais liberdade e segurança. Desta forma mesmo o município de Mesquita não possuindo uma DEAM possui policiais preparados e qualificados para atender e acolher as mulheres da melhor forma possível.
Pontuamos alguns fatos relevantes em relação à visão da sociedade para o agente público, em destaque o policial. Entretanto, a maioria da população não acredita que há policiais comprometidos com a justiça e com o seu dever de manter a ordem e a segurança, devido infelizmente algumas atitudes de alguns policiais. Entretanto não se pode generalizar que todo o policial é corrupto, pois em qualquer profissão existem profissionais ruins como existem bons.
Ademais em outras profissões quando um profissional como por exemplo o médico, nutricionista, anestesista , professor procede de forma criminosa ou imoral a sociedade não se refere a todos da profissão, diferentemente do que ocorre atualmente em relação ao policial que quando um comete uma ação reprovável querem atribuir para toda a classe dos policiais. Espera-se que a visão que tínhamos do policial do passado seja resgatada pois ele representa a lei, a ordem e a justiça. Devemos lembrar como bem foi dito pelo delegado Celso que o policial é visto pela sociedade como um ser extraterreno, como se fosse um alienígena que não possui os mesmos sentimentos em relação à sociedade.
Esquecendo-se que todo policial é uma pessoa como todas as outras, que possui filhos, mãe, pais, irmãos irmãs, que possuem empatia em relação ao próximo, conclui-se que atualmente há inversão de valores, antes o policial era tido como herói, como uma pessoa que deveria ser honrado e reconhecido, como aquele que protegia as pessoas em estado de insegurança. Todavia, não é o que ocorre nos dias de hoje.
Na visão do delegado os crimes contra a honra, como injúria, calúnia e difamação deveriam ser atribuídas a outras esferas, descriminalizando-os, para que fossem autuados de forma econômica, pois “doendo no bolso”, esse tipo de ação iria diminuir, com exceção da injúria racial que deveria continuar sendo penalizada tanto na área criminal como cível. Espera que os governantes tenham um olhar criterioso, possibilitando condições favoráveis para que haja recursos materiais para que os profissionais atendam com mais qualidade, que o policial venha realmente ter um salário e benefícios para que se faça jus a sua importância na sociedade.