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Empreendedorismo materno típico e atípico: Por trás de uma mãe

Rio inaugurou projeto de maternidade para mães do município Rio inaugura maternidades escola (Wilson Dias/Agência Brasil)

Quando uma mulher gera uma criança em seu ventre, é a maior alegria de sua vida. Imagina-se como será o seu rostinho, seu cabelo, a cor dos olhos, o cheiro, tudo nos mínimos detalhes. Idealiza momentos inesquecíveis com o seu bebê, nos braços. Espelha-se em histórias de filmes, que viu durante a sua vida toda, vive-se literalmente a tão sonhada gestação. Qual a mulher que não sonha em ser mãe algum dia? Viver um sonho com os seus filhos? Viver essa romantização da maternidade?

A Maternidade ela tem muitos momentos inesquecíveis de alegria, afeto, amor, troca. Mas, o que ninguém fala, é o outro lado da maternidade. Lado esse, que a mãe, fica cansada dos seus afazeres diários, de dar conta de tudo um pouco, e mesmo assim ouvir que não faz nada. Está cansada de que? .Não dormiu essa noite por quê? Você ainda não se trocou? Vá pentear esse cabelo!

A cobrança diária a uma mãe, seja ela, solo, casada, Atípica, típica, trabalhadora, ou que não trabalha, são as mesmas. E ,contudo, abre-se mão de ser Mulher, do autocuidado, do pertencimento a sociedade, enfim, sente-se excluída, desanimada, feia, não consegue se olhar no espelho, pois, olhar no espelho não se vê de fato, enxerga uma pessoa que não conhece, mas, ao mesmo tempo não consegue administrar sozinha essa dor. Então, a melhor opção é não olhar ao espelho.

Olhar uma mãe com olhar diferente, entender o que acontece após  maternidade, é conseguir observar o que de fato existe, talvez, um pedido de socorro, uma fala engasgada, um grito de liberdade, pertencimento, e algumas oportunidades perdidas por causa da maternidade.

É dar a chance de escutá-la, abrir portas para que ela se sinta pertencente, é dá oportunidade de novos Recomeços, é devolver o sorriso e a autoestima, que foram perdidos por um período durante a fase do aleitamento materno, do engatinhar, e do começar a ANDAR.

E é através das Tranças que se inicia  um recomeço de conexões interna e externa, autocuidado, auto percepção, autoestima e saúde mental de qualidade.