Desde janeiro deste ano, o secretário municipal de Ciência e Tecnologia, Willian Coelho, tem a missão de gerir o protagonismo estratégico da Ciência, Tecnologia e Inovação para o desenvolvimento da cidade do Rio de Janeiro. Promover políticas públicas de fomento, estímulo, difusão e capacitação da utilização dos métodos, técnicas e ferramentas tecnológicas.
Jornal DR1 – Quais os maiores impactos que a pandemia de COVID-19 gerou para os jovens e o mercado de trabalho?
William Coelho – Ela impactou de forma colossal a vida social, cultural e econômica de todos nós. A pandemia evidenciou problemas como a dificuldade que a população de baixa renda tem para ter acesso às ferramentas digitais.
Jornal DR1 – Qual a relevância das ferramentas tecnológicas nos tempos de pandemia?
WC – Atualmente, a sociedade vive um momento no qual o desenvolvimento tecnológico é fundamental e a informação tem um papel essencial no crescimento profissional e na propulsão de várias áreas profissionais. O isolamento social por conta da pandemia nos colocou em um caminho irreversível na questão tecnológica. A adoção de medidas de distanciamento social obrigou profissionais de vários setores e muitos jovens a elevarem seu conhecimento se adaptando às novas ferramentas tecnológicas.
Jornal DR1 – Diante desse cenário, o que fazer para estimular os jovens a incorporarem a tecnologia na sua vida?
WC – A missão da SMCT é gerir o protagonismo estratégico da Ciência, Tecnologia e Inovação para o desenvolvimento da cidade do Rio de Janeiro. Promover políticas públicas de fomento, estímulo, difusão, e principalmente a capacitação dos jovens na utilização dos métodos, técnicas e ferramentas tecnológicas e a aplicação prática do conhecimento científico, instrumentos essenciais para impulsionar o desenvolvimento e o crescimento econômico do Município.
Jornal DR1 – Qual o panorama atual com relação à mão de obra especializada em profissionais de TI e o que a SMCT tem feito para ajudar os jovens para que eles ingressem mais preparados no mercado de trabalho?
WC – Existe uma enorme demanda no mercado em busca de profissionais nessa área. A nossa secretaria está atenta a este fato, tanto que já em parceria com a Cisco Networking Academy, promovemos, desde o início deste ano, 12 cursos de tecnologia gratuitos online com cerca de 17 mil inscritos para capacitação de pessoas na área de TI.
Jornal DR1 – Atualmente, o excesso de conectividade e de acessos de dados colocam os usuários e suas redes às ameaças virtuais. A sua pasta desenvolve programas para conscientizar as pessoas a protegerem sua privacidade?
WC – Com certeza. Nossa secretaria já promoveu vários cursos de Cibersegurança (Fundamentos e Introdução). É fundamental. Não adianta fomentar a utilização da tecnologia e o uso das redes sem saber como se proteger das principais ameaças cibernéticas.
Jornal DR1 – De que forma a realização da Olimpíada Municipal Estudantil de Ciência e Tecnologia, realizada em novembro deste ano, pode contribuir para o nosso futuro?
WC – Essa primeira Olimpíada foi uma iniciativa inovadora e empreendedora que ajuda a descobrirmos novos talentos. Ela teve o objetivo de estimular e despertar nos jovens o interesse pela tecnologia. Além disso, foi um convite para que, diante de demandas reais, as ações e ideias dos alunos fizessem a diferença na vida de sua comunidade.
Jornal DR1 – Planos futuros para as Naves do Conhecimento?
WC – Assim que reabertas, nossa ideia é transformar as Naves em pólos de capacitação profissional para todos na área de tecnologia.