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Hildelene Bahia: Primeira Capitã Mulher de navio de Longo Curso na Marinha Mercante Brasileira

Nesta semana, o jornal DR1 entrevistou a primeira mulher capitã do navio de longo curso da Maria Mercante Brasileira, Hildelene Bahia. A capitã nasceu em Belém, no estado do Pará, e é filha do comerciante Paulo Bahia e da dona de casa Maria Luiza Bahia. Com uma infância tranquila, Hildelene sonhava em se tornar bancária e reformar a casa da sua mãe.

Aos 22 anos, já cursando o ensino superior, a jovem realizou a inscrição para a prova da marinha. “Apesar de já está na  faculdade cursando ciências Contábeis, eu estudava muito para aprovação em outros concursos”, contou a capitã Hildelene Bahia.

O processo para chegar à última etapa ocorre por tempo de embarque, ou seja, o profissional inicia como 2º Oficial de Náutica (chamado de 2º piloto), em seguida altera para 1º Oficial de Náutica (chamado primeiro piloto). Logo, a jovem se torna Imediato, e  depois Capitã de Cabotagem, podendo exercer a função de Comandante, e por último é o estágio de Capitã de Longo Curso.

Navegação de Longo Curso é o transporte de pessoas ou bens entre portos de diferentes nações. Além do longo curso, a navegação pode ser realizada entre portos ou pontos do território brasileiro, utilizando a via marítima, e as vias navegáveis interiores. A viagem pode levar 45 dias, 12horas ou três dias, dependendo da distância do porto de origem ao destino.

Para a capitã de navio de Longo Curso, Hildelene Bahia, ter se tornado a primeira mulher na profissão é motivo de muito orgulho e incentivo para as mulheres que sonham com a carreira.

“Tenho muito orgulho e sinto uma satisfação enorme quando ocorrem aberturas de vagas para as mulheres a bordo de navios como Oficiais, que antes eram exclusivamente de homens”, afirmou a capitã.

A capitã de navio de Longo Curso, Hildelene Bahia contou sobre o sentimento após vencer todas as batalhas.

“A minha história é um grande marco na abertura de para mulheres oficiais na Marinha Mercante Brasileira, dessa forma é possível mostrar que todas podem chegar ao topo da carreira. Hoje, tenho a sensação de dever cumprido, apesar de tantas dificuldades e obstáculos  enfrentados”, finalizou a capitã Hildelene Bahia.

Sinto uma enorme felicidade por tudo que construí ao longo da minha carreira, mesmo em alguns momentos que pensei em desistir. Mas, não podia, porque era necessário que desse certo, para que no futuro mulheres se inspirassem em mim.

Para o futuro, a capitã Hildelene Bahia deseja investir na universidade, além de incentivar jovens a conquistar uma oportunidade na carreira da Marinha Mercante Brasileira.

“Devo fazer outra graduação, viajar com minha família e abrir um Instituto para oferecer palestras, cursos preparatórios e de capacitação. Com o objetivo de despertar o interesse dos jovens para a vida marítima e a inclusão no mercado de trabalho”, finalizou a capitã.

 

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