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Espetáculo ‘TransBordar’, de Goiás, encerra quarta etapa do Festival Acessibilidança

A Fundação Nacional de Artes apresenta, na próxima quarta-feira, dia
6 de outubro, às 20h, o espetáculo TransBordar, do Grupo de Dança

Diversus, de Goiânia (GO). A obra é voltada para o aprofundamento da pesquisa no campo da acessibilidade nas artes da cena. Para a criação em vídeo, a companhia goianiense contou com a parceria
de um grupo de dança inclusiva de Portugal, o Dançando com a Diferença. TransBordar encerra a quarta etapa do Festival Funarte Acessibilidança, que divulga os premiados da região Centro-Oeste.

Os espetáculos em vídeos com audiodescrição e Libras ficam
disponíveis para acesso gratuito no canal da Funarte no YouTube
logo após o lançamento. O Festival Acessibilidança teve início em  junho, com premiados da região Norte. No mês de julho, foi a vez da região Sul e, entre o fim de julho e início de setembro, as montagens da
região Nordeste foram exibidas na plataforma. Os projetos contemplados no Sudeste serão lançados a partir do dia 13 de outubro.

O Grupo de Dança Diversus apresenta TransBordar no dia 6 de outubro, ás 20h representando o Estado de Goiás. A dramaturgia do trabalho foi criada considerando o contexto pandêmico de isolamento social, bem como a necessidade de conseguir filmar com segurança e de dançar com máscaras. O coletivo realizou encontros virtuais à distância, para que os integrantes da companhia  que os integrantes da companhia (muitos deles do grupo de risco) continuassem suas atividades, produzindo arte apesar de todas as dificuldades. As reuniões com as equipes do Brasil e de Portugal
também foram feitas on-line, durante todo o processo de montagem,
filmagem e edição.

Foto: Divulgação

Para criar a obra e pesquisar os movimentos, a companhia se pautou em alguns verbos: fazer, afetar e transbordar.

Transpor as bordas, desviar-se dos limites, invadir e/ou alargar as margens e os sentidos.Um espetáculo que transborda os limites geográficos do Brasil e deságua em outros territórios que compartilham corpos, dores, amores e afeto. Nos resta, então, perguntar: O que você deseja transbordar? – questiona o grupo.

A companhia e todos os profissionais envolvidos na realização de
TransBordar reforçam a importância de fazer parte do Festival
Funarte Acessibilidança e continuar a fazer dança e estar em cena,
mesmo que de outra forma.

Foi possível constatar na fala e no envolvimento de cada participante que este período de concepção,criação e filmagem representou uma janela de esperança, de confiança e de legitimação do nosso trabalho. Afinal de contas, este edital teve um público alvo e um objetivo, questões como a acessibilidade, que ainda não são questões hegemônicas nos editais culturais do nosso país – declara o coletivo.

Segundo a diretora artística, Marlini D. de Lima, ter a oportunidade de
ampliar o alcance do trabalho da companhia, nacional e
internacionalmente, facilita a troca de experiências entre pessoas e
grupos.

Somos um grupo de dança insurgente, ou seja, um grupo de dança contemporânea que insurge e revela possibilidades outras de
dançar, de aprender e conceber a recepção em arte. Somos um grupo que, sobretudo, vive a diversidade e as potencializa enquanto sujeitos e corpos dançantes – explica a bailarina.

Sobre o Grupo de Dança Diversus   

A companhia foi criada em 2016, na cidade de Goiânia, pela diretora
artística Marlini D. de Lima, após ter sido contemplada com um projeto de Intercâmbio Artístico do Fundo de Arte e Cultura, de Goiás ,em 2015. O projeto foi realizado na Associação dos Amigos da Arte Inclusiva Dançando com a Diferença, com o grupo homônimo, na Ilhada Madeira, em Portugal, e teve a duração de três meses.

Com a experiência do intercâmbio, foi possível conhecer e aprender
com a postura e relato dos coreógrafos e coreógrafas que já atuaram
na companhia. Bem como a forma de lidar com a diferença, uma das características constituintes deste grupo de dança inclusiva, no qual dançam pessoas com e sem deficiência – salienta a diretora.

O Festival Funarte Acessibilidança

O Festival Funarte Acessibilidança, em estreia na instituição, foi
criado a partir das ações do Prêmio Festival Funarte Acessibilidança
Virtual 2020. No concurso público, foram premiados 25 projetos de
vídeos de espetáculos, que promovem o acesso de todas as pessoas à
arte. O objetivo do processo seletivo é valorizar e fortalecer a
expressão da dança brasileira, bem como fomentar a democratização, a
inclusão e a acessibilidade.

Com a iniciativa, a Funarte busca realizar novas ações a partir do uso
das mais recentes tecnologias, estendendo, desse modo, um novo modelo para todo o Brasil. Assim, a Fundação reforça seu compromisso de promover e incentivar a produção, a prática, o desenvolvimento e a difusão das artes no país; e de atuar para que a população possa cada vez mais usufruir das manifestações artísticas. Criada em 1975, a Funarte segue, portanto, empenhada em acompanhar as transformações no cenário artístico e social.

O coordenador de Dança da entidade, Fabiano Carneiro, destaca a
importância de se levar essa linguagem artística à população,
durante o período de distanciamento social.

Festival Funarte Acessibilidança, um projeto inédito com foco na
acessibilidade e na inclusão. Ao longo dos próximos meses, serão
apresentados espetáculos de dança das cinco regiões do Brasil,
plenamente acessíveis ao público, contemplando uma enorme diversidade na sua programação – explica o coordenador.

O festival foi lançado no dia 16 de junho, com Lua de Mel, da Cia.
Lamira Artes Cênicas (Tocantins). Na semana seguinte, foi exibido
Maculelê: Reconstruindo o Quilombo, do Grupo de Dança Reconstruindoo Quilombo (Rondônia). _Solatium_, do Corpo de Dançado Amazonas (CDA), encerrou a agenda das companhias da região Norte. A segunda fase teve montagens premiadas da região Sul. Flamenco Imaginário, da Cia. Del Puerto (Rio Grande do Sul) , deu início à programação. Em seguida, Convite ao Olhar seguida, Convite ao Olhar, da Cia. de Dança Lápis de Seda (Santa Catarina) , foi disponibilizado. Do Avesso, do Grupo Nó Movimento em
Rede (Paraná), fechou a temporada.

A terceira fase divulgou os trabalhos da região Nordeste. A estreia foi
com Estado de Apneia, do Grupo Movidos Dança Contemporânea (Rio Grande do Norte). Depois, foi a vez da montagem _Ensaio sobre o Silêncio, da coreógrafa Taciana Gomes (Pernambuco); _Maré – Versão virtual e acessível_, do Coletivo CIDA (Rio Grande do Norte); Riosem Margem, do bailarino Elísio Pitta (Bahia); _Plenitude_, da Cia. Dança Eficiente (Piauí); e Ah, se eu fosse Marilyn!, do coreógrafo Edu O. ,(Bahia). Proibido Elefantes, da Cia. Gira Dança (Rio Grande do
Norte), encerrou a etapa Nordeste do evento.

A fase atual apresenta as montagens do Centro-Oeste. Capão Dançante, da Cia. Theastai de Artes Cênicas (Mato Grosso do Sul), abriu a programação. Em seguida, dois espetáculos do Distrito Federal
Depois do Silêncio, da Arteviva Produções Artísticas e Universo
Criativo, e Rodas em Dança: Livre e Lives, da Cia. de Dança Street
Cadeirante foram exibidos. A agenda segue agora com TransBordar, do Grupo Dança Inclusiva (Goiás), que encerra a presença da região no
evento. Os contemplados no Sudeste serão exibidos a partir de  outubro.

Os projetos ficam disponíveis no canal da Funarte no YouTube. No decorrer do festival, o coordenador de Dança da Fundação, Fabiano Carneiro,participará de uma “live” com diretores e artistas de dança, além de convidados.

Festival Funarte Acessibilidança

Acesso gratuito, no canal

Com audiodescrição e Libras

Espetáculo TransBordar, do Grupo de Dança Diversus (Goiás)

Dia 6 de outubro, quarta-feira, às 20h

Ficha técnica:

Direção artística (Goiânia): Marlini Dorneles de Lima | Direção
artística (Portugal- Viseu): José Henrique Amoedo de Oliveira |
Ensaiadoras de elenco (Goiânia): Adriana Lopes de Oliveira e Rafaela
Francisco | Coordenador geral do projeto Dançando com a Diferença(Teatro Viseu- Portugal): Ricardo Jorge Marques Meireles |Apoio à criação coreográfica (Dançando com a Diferença  residente no Teatro Viseu):Ricardo Meireles e Leonor Barata | Coordenação de acessibilidade: Vanessa Dalla Dea e Thiago de Lemos Santana|Consultora artística de audiodescrição: Tálita Azevedo | Consultora artística de Libras: Alessandra Terra | Direção audiovisual: Elisa Abrão|Codireção audiovisual: Julia Mariano Ferreira |Trilha sonora: Adriel Vinicius | Técnico de som e luz: Marcus Pantaleão |Produtora geral: Edna Marisa Ribeiro| Edição de vídeo: Heber | Elenco do projeto Dança Inclusiva Diversus (Goiânia): 18 bailarinos| Grupo de Teatro INAI: cinco atores (participação especial) | Elenco do projeto Dançando com a Diferença (Viseu-Portugal): cinco dançarinos.

Agenda dos contemplados das demais regiões

Região Sudeste – Dia 13 de outubro

Região Norte (espetáculos já disponíveis): Lua de Mel, da Cia.
Lamira Artes Cênicas (TO); Maculelê: Reconstruindo o Quilombo, do Grupo de Dança Reconstruindo o Quilombo (RO); e Solatium, do Corpo de Dança do Amazonas (AM)

Região Sul (espetáculos já disponíveis): Flamenco Imaginário, da
Cia. Del Puerto (RS); Convite ao Olhar, da Cia. de Dança Lápis de
Seda (SC); e Do Avesso, do Grupo Nó Movimento em Rede (PR)

Região Nordeste (espetáculos já disponíveis): Estado de Apneia, do
Grupo Movidos Dança Contemporânea (RN); Ensaio sobre o Silêncio, da coreógrafa Taciana Gomes (PE); Maré – Versão virtual e acessível,
do Coletivo CIDA (RN); Rio sem Margem, do bailarino Elísio Pitta
(BA); de Plenitude, da Cia. de Dança Eficiente (PI); Ah, se eu fosse
Marilyn!, do coreógrafo Edu O. (BA), e Proibido Elefantes, da Cia.
Gira Dança (RN)

Região Centro-Oeste (espetáculos já disponíveis): Capão
Dançante, da Cia. Theastai de Artes Cênicas (MS); Depois do
Silêncio, da Arteviva Produções Artísticas e Universo Criativo
(DF); e Rodas em Dança: Livre e Lives, da Cia. de Dança Street
Cadeirante (DF)

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