A aceleração das mudanças climáticas, incluindo eventos climáticos extremos, intensificou a necessidade de entender a resposta nos ecossistemas. O aumento das concentrações de gases de efeito estufa está alterando a temperatura global e a circulação atmosférica, produzindo mudanças locais na temperatura e na umidade. Esses processos resultam em alterações ambientais que afetam os ecossistemas, como estresse de temperatura e umidade, estações de crescimento alteradas e invernos mais curtos, aumento das inundações, secas, incêndios florestais e furacões, aumento do nível do mar, intrusão de água salgada, ventos, ondas e correntes alteradas, aumento da entrada de água doce nos oceanos e maior estratificação e acidificação dos oceanos.

E foi pensando nisto, que em 1980 a Fundação Nacional de Ciências dos EUA criou o Programa de Pesquisa Ecológica de Longo Prazo. Após 40 anos de pesquisas, eles publicaram recentemente artigos na revista BioScience que nos ajuda a compreender como o planeta Terra está mudando.

Todas estas décadas de pesquisas nos trazem elementos sobre os ecossistemas que eles chamam de presente invisível, no qual  “seria  a escala de tempo dentro da qual nossas responsabilidades pelo planeta Terra são mais evidentes, incluindo nossas vidas e as vidas de nossos filhos e netos. Legados de atividades humanas e eventos naturais continuam a influenciar os ecossistemas por décadas e até séculos

As ações humanas não relacionadas ao clima, como poluição do ar, manejo da terra e pesca, por exemplo, afetam os serviços ecossistêmicos que garantem os meios de subsistência, o bem-estar e a sobrevivência humanos.

Aprofundar os nossos conhecimentos sobre os efeitos da mudança climática e a maneira como ela impacta os ecossistemas e as nossas vidas no Planeta, nos permite orientar melhor as pesquisas para tentarmos combater ou minimizar os impactos negativos e também, nos ajuda nas políticas públicas de adaptações das cidades aos eventos climáticos estremos.