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Evanildo Bechara: a enciclopédia viva da língua portuguesa

Conheça um dos maiores filólogo do nosso idioma!

Evanildo Cavalcante Bechara, nascido em Recife no dia 26 de fevereiro de 1928, não é apenas um nome na história da língua portuguesa: ele é uma enciclopédia viva, uma referência inigualável no universo da gramática e filologia brasileira.

A infância de Bechara foi marcada por desafios. Órfão de pai aos onze anos, mudou-se para o Rio de Janeiro para continuar sua educação sob os cuidados de um tio-avô. Desde cedo, demonstrou uma vocação inegável para o magistério.

Sua carreira acadêmica floresceu com notáveis realizações, incluindo uma bolsa de estudos em Filologia Românica em Madri com Dámaso Alonso nos anos de 1961 e 1962. Em 1964, obteve o título de Doutor em Letras pela UERJ, consolidando sua posição como uma autoridade na língua portuguesa.

Evanildo é um verdadeiro polímata, tendo trilhado caminhos notáveis no campo dos estudos linguísticos e educacionais. Membro correspondente da Academia das Ciências de Lisboa e da Academia Galega da Língua Portuguesa, recebeu o título de doutor honoris causa pela prestigiosa Universidade de Coimbra.

Sua presença como professor titular e emérito na Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) e na Universidade Federal Fluminense (UFF) não apenas iluminou salas de aula, mas também influenciou gerações de estudiosos da língua portuguesa. Bechara também ocupou o cargo de diretor-geral do Instituto Superior de Educação do Rio de Janeiro (ISERJ), deixando uma marca indelével no campo da educação.

Entre suas contribuições mais valiosas, destacam-se as principais gramáticas da língua portuguesa. O “Moderna Gramática Portuguesa,” em sua 37ª edição, é um guia essencial que transcende as fronteiras entre o público leigo e os profissionais da área. Suas obras, como “Gramática Escolar da Língua Portuguesa” e “Lições de Português pela Análise Sintática,” são pilares fundamentais no estudo da língua.

Além de suas realizações acadêmicas, Evanildo Bechara é editor da revista Confluência, dedicada a temas linguísticos, e foi responsável pela edição da revista Littera entre 1971 e 1976, proporcionando um espaço vital para professores de português e literatura de língua portuguesa.

Em 2000, Evanildo Bechara tornou-se o quinto ocupante da Cadeira nº 33 da Academia Brasileira de Letras, sucedendo Afrânio Coutinho. Seu papel na Academia não é apenas honorífico; ele atuou como Diretor Tesoureiro e Secretário-Geral, contribuindo ativamente para as responsabilidades estatutárias relacionadas à língua portuguesa.

Evanildo Bechara não é apenas um nome proeminente na academia; ele é uma figura querida e respeitada por seus pares, alunos e admiradores. Sua vasta contribuição para a língua portuguesa é um legado que transcende gerações, moldando o entendimento e o amor pela riqueza e complexidade do nosso idioma.

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