O primeiro passo para que o Rio de Janeiro sedie o GP Brasil de Fórmula 1 se dá por ter um local apropriado para tal, e desta forma optou-se pela construção de um novo autódromo que atenda as exigências de estrutura e tecnologia impostas pelo milionário mundo das corridas.
Antecipando-se a construção do autódromo propriamente dita, a Secretaria de Esportes do Rio de Janeiro aprovou o projeto para a realização da prova por dez anos, autorizando captação do montante de R$ 302 milhões de reais em incentivos fiscais para o GP Brasil de F1 em 2021 e 2022.
O projeto é visto como trunfo para substituir a etapa Paulista que ocorre em Interlagos de forma ininterrupta desde 1990, e tem um orçamento que gira em torno de R$800 milhões e local definido na região de Deodoro, bairro do Rio.
Entretanto, o consórcio Rio Motorpark, responsável pela administração das obras do futuro autódromo, se depara com um grande impasse ambiental, visto que o local escolhido é uma das últimas reservas da Mata Atlântica na cidade, abrigando mais de 200 mil árvores. O consórcio que assinou contrato com a prefeitura do Rio, tentará negociar com os órgãos ambientais uma compensação de impacto com o replantio de 700 mil árvores e políticas de neutralização de carbono.
Diversos movimentos em pró da conservação da Floresta de Camboatá fazem forte pressão contrária ao desmatamento para construção do novo autódromo.
No entanto, tudo isto ainda é uma grande incógnita e uma “novela” de diversos capítulos, visto que, a F1 ainda não divulgou o calendário de corridas para 2021, e nos bastidores cogita-se que talvez o Brasil não faça parte do calendário do campeonato mundial.
Em meio a tudo isto resta torcemos para que o melhor seja feito para o meio ambiente e o desenvolvimento da cidade maravilhosa.
Por, Marcelo Servidone, Dr., CEO Grupo Servidone