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Gonzaguinha, o talento passado de pai para filho

Foto: Divulgação

Figura importante para o período da ditadura militar no Brasil, suas músicas traziam letras críticas e assuntos políticos

Luiz Gonzaga do Nascimento Júnior, o famoso Gonzaguinha, foi um renomado cantor e compositor brasileiro, autor de sucessos como, “Sangrando”, “Eu Apenas Queria Que Você Soubesse” e “Começaria Tudo Outra Vez.”

É filho do também lendário cantor e compositor Luiz Gonzaga, o Rei do Baião, nosso último Black Lives. Gonzaguinha seguiu os passos do pai na música, tornando-se um dos nomes mais importantes da MPB (Música Popular Brasileira).

Com mais de 55 músicas censuradas na ditadura militar nos anos 1970, Gonzaguinha era reconhecido pelo talento agressivo, destacando-se por suas letras intensas e engajadas, que abordavam temas sociais, políticos e existenciais. Por conta disso, a maior parte do público associava seu nome a canções de protesto. Sua música era uma mistura de diversos ritmos brasileiros, como o samba, o baião e o rock.

O filho de Luiz Gonzaga e da cantora e dançarina Odaléia Guedes dos Santos, ainda muito pequeno, ficou órfão e acabou sendo criado pelo padrinho Henrique Xavier e pela madrinha Dina. Aprendeu ainda novo a tocar violão junto com seu padrinho.

Aos 16 anos, Gonzaguinha decidiu morar com o pai, para dar continuidade nos estudos. Na época, Helena, a esposa do Rei do Baião, não aceitou o garoto, a quem chamava “bastardo”. 

Suas primeiras composições surgiram quando passou a frequentar as rodas de violão na casa do psiquiatra Aluísio Porto Carreiro, pai de Ângela, com quem se casou e teve dois filhos, Daniel e Fernanda.

As letras do músico, frequentemente abordavam questões sociais e raciais, refletindo as lutas e experiências da comunidade negra no Brasil. Suas músicas muitas vezes transmitiam mensagens de resistência, identidade e orgulho racial. Gonzaguinha foi um defensor dos direitos humanos e lutou contra o racismo e a discriminação racial em suas músicas e em sua vida pessoal. Sua postura engajada contribuiu para promover debates sobre igualdade e justiça social no Brasil.

O artista faleceu em 1991, no Paraná, após sofrer um acidente de carro na estrada.

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