Considerado um dos pais da Bossa Nova, influenciou nomes como João Gilberto, Tom Jobim e Luiz Bonfá
Alfredo José da Silva, mais conhecido pelo público como Johnny Alf, nasceu no Rio de Janeiro, no dia 19 de maio de 1929. Ele foi professor, compositor, pianista e cantor. Suas obras influenciaram toda uma geração de músicos. É reconhecido como um dos pioneiros da bossa nova, um gênero que revolucionou a música brasileira e ganhou reconhecimento internacional.
Ainda muito jovem, perdeu o pai, e foi criado sozinho pela mãe que trabalhava em uma casa de família na Tijuca. Começou a estudar piano aos 9 anos, os empregadores de sua mãe pagaram as aulas de piano, mas desaprovaram sua posterior carreira nas boates.
Depois de começar sua carreira em boates, veio o interesse pela música popular, principalmente trilhas sonoras do cinema norte-americano e por compositores como George Gershwin e Cole Porter. Aos catorze anos, formou um conjunto musical com seus amigos de Vila Isabel, que tocavam na praça Sete (atual praça Barão de Drummond). Estudou no Colégio Pedro II. Entrando em contato com o Instituto Brasil-Estados Unidos, foi convidado para participar de um grupo artístico. Uma amiga norte-americana sugeriu o nome de Johnny Alf.
Na década de 1940, Johnny Alf começou a se apresentar em clubes noturnos no Rio de Janeiro. Foi durante esse período que ele adotou o nome artístico “Johnny Alf”, um pseudônimo que refletia sua admiração pela música norte-americana. Ele foi descoberto por Dick Farney e Lúcio Alves, dois músicos proeminentes da época, que o ajudaram a se inserir na cena musical carioca.
Duas canções se destacaram neste período: Céu e mar e Rapaz de bem. As duas músicas foram consideradas revolucionárias, realmente as precursoras da Bossa Nova. A melodia e a harmonia dessas duas canções foram, de fato, a base para a chegada definitiva da Bossa.
Ao longo de sua carreira, Johnny Alf lançou vários álbuns e se apresentou em diversos países, ajudando a popularizar a música brasileira no exterior. Entre seus álbuns mais notáveis estão “Rapaz de Bem” (1961), “Diagonal” (1971) e “Eu e a Bossa” (1990). Além de suas performances solo, ele também colaborou com muitos artistas importantes, contribuindo significativamente para a música popular brasileira.
Apesar de sua influência crucial, Johnny Alf não alcançou o mesmo nível de fama que alguns de seus contemporâneos, como Tom Jobim e João Gilberto. No entanto, ele é reverenciado por músicos e críticos por sua inovação e habilidade musical.
Morreu em São Paulo aos 80 anos vítima de um câncer na próstata.
