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Jornada ESG: Banco Mundial – o camaleão

Poucas instituições no mundo têm mostrado tanta versatilidade, adaptabilidade e resiliência quanto o Banco Mundial. O propósito inicial de sua criação remonta os tempos do final da II Guerra, quando o momento demandava uma instituição que pudesse corrigir as “imperfeições” do mercado de capitais. Seu propósito evoluiu (ou se adaptou?) para o combate à pobreza extrema e mais uma vez se prepara para uma nova adaptação (ou será evolução?). 

Com o novo Presidente Sr. Ajay Banga o Banco Mundial discute e considera a possibilidade de adaptar seu propósito com as demandas e consequências oriundas das mudanças climáticas. Inquestionavelmente um verdadeiro camaleão na arte da adaptação ao ambiente. Certamente, a redução da pobreza continuará como prioridade. Ainda mais se considerarmos os estragos da Pandemia que assolou nosso planeta. Todavia, o risco climático surgiu como ameaça tão devastadora quanto e necessita de ações diretas. Espera-se que o combate à pobreza ande de mãos dadas com as ações mitigatórias para o risco climático. 

“Nós estamos tentando mudar o pensamento trocando o foco de input para output”, disse o Presidente do Banco Mundial em uma coletiva de imprensa na reunião anual do Banco em Marrakech (Marrocos). 

“As mudanças climáticas e os riscos climáticos se caracterizam mais pela perda da biodiversidade, com menos chuvas e perda de solo em comparação com o hemisfério norte”, completou. 

“O banco investirá 50% de seu dinheiro para combater as mudanças climáticas em mitigação e 50% em adaptações contra o aquecimento global”, disse.

Se considerarmos que 60% dos dez maiores riscos identificados para os próximos 10 anos estão relacionados com as mudanças climáticas (conforme discutido no Fórum Econômico de Davos – 2023), o movimento sinalizado por Ajay Banga é um pensamento reativo frente às informações que detém. Porém, não retira o mérito das correções de rumo em andamento.

ESG É O “MODUS OPERANDI” DO SÉCULO XXI

Segundo reportagem do jornal Financial Times, a preocupação com as mudanças climáticas é o motivo mais comum para os investidores excluírem empresas de seus portfólios. Pesquisas feitas por organizações ambientais sem fins lucrativos demonstraram que 40% das exclusões são motivadas pela preocupação com as mudanças climáticas. 

A pesquisa indica que os investidores consideram as questões ESG em suas decisões. Há resistência de parte da sociedade americana que lideram uma reação contra o que eles chamam de capitalismo “woke”, argumentando que não cabe ao setor financeiro policiar as empresas. 

O ESG é o “modus operandi” do século XXI. Ou se adapta ou …

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