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Jornada ESG: Propósito como combustível para a mudança

 

Assim como o conhecimento humano se expande todos os dias, a definição de conceitos quanto ao que venha a ser liderança também está em constante atualização. No século XXI a liderança não somente importa, como necessita estar fundamentada em um propósito, inspiração, cuidado e compaixão conforme reportado no livro “Capitalismo Consciente – Guia Prático” dos autores Raj Sisodia, Timothy Henry e Thomas Eckschmidt. Definem esse novo tipo de liderança como “liderança servidora” e apresentam os atributos essenciais que a caracteriza:

 

  • força, energia e entusiasmo, 
  • orientação de longo prazo, 
  • flexibilidade, 
  • amar e cuidar, 
  • inteligência emocional, 
  • inteligência sistêmica,
  • inteligência espiritual.

 

A pergunta de 1 milhão de dólares é: Será que esse conceito de liderança que conjuga “amar e cuidar” e “orientação de longo prazo”, por exemplo, tem espaço no mundo das grandes corporações? A resposta é: se ainda não tem em larga escala, começamos a ver ações que nos inspiram. 

Em 6 de Setembro de 2023 a empresa de logística integrada A.P. Moller – MAERSK e a AMAZON assinaram um acordo para o transporte marítimo utilizando biocombustíveis com emissões baixas ou muito baixas de gases o efeito estufa – GEE em vez de combustíveis fósseis.

O acordo inclui o transporte de 20.000 containers de 40’ (FEE – Forty Feet Equipment) utilizando biocombustíveis verdes, proporcionando uma redução estimada de 44.600 toneladas métricas de emissões de CO2e, ou seja, evitando a queima de aproximadamente 23.000 toneladas métricas de carvão. 

A AMAZON já havia estabelecido como meta o atingimento de zero emissões de carbono até 2040 em toda a sua cadeia de valor. As emissões do Escopo 3 (origem fora da sua cadeia de valor e de seu controlo direto) são responsáveis por mais de ¾ da pegada de emissões da companhia. Em seu recente Relatório de Sustentabilidade “Construindo juntos um futuro melhor” a AMAZON destaca a redução de suas emissões de Escopo 3 em 0,7% em 2022, apesar do aumento das receitas em 9%.

Esse é um belo exemplo do que chamo “C” do ESG. Esse “C” está escondido no ESG e representa a Cultura, Comportamento e Comprometimento com o propósito da organização. Esse “C” possibilita o engajamento, lealdade, foco, dedicação e empatia. Sem ele a Agenda ESG fica insossa e sem alma, com os colaboradores meramente reagindo a estímulos ao invés de agirem como protagonistas. Na próxima edição falaremos sobre o “C” do ESG mais detalhadamente.

Que tal participar da coluna? Envie sua sugestão / pergunta e abordaremos nas próximas edições.

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