Computadores, celulares e tv smarts, e tantas outras tecnologias, sem contar os componentes eletrônicos destes produtos que definem a vida moderna, estão gerando ao redor do mundo milhões de toneladas de resíduos eletrônicos por ano , causando um grande impacto negativo no meio ambiente por falta de políticas mais eficientes na gestão deste tipo de material. Somente em 2019, foram descartados 53 milhões de toneladas de aparelhos eletrônicos, também chamados de e-waste.Deste total, apenas 17% foram reciclados, o que significa que o restante ou foi parar em algum aterro ou pior, foi enviado para algum país pobre onde trabalhadores quebrarão estes aparelhos na esperança de tentar aproveitar qualquer componente que tenha valor econômico e o restante, que não for aproveitado, será queimado ou simplesmente enterrado. Até 69 componentes químicos podem ser encontrados nestes resíduos. O impacto será a liberação de elementos químicos que contaminarão o ar, o solo e a água, afetando a saúde de todos nós.
De acordo com o relatório “The Global E-Waste monitor 2020’, somos o quinto maior gerador de “lixo eletrônico”, descartando por ano 2 milhões de toneladas.
Outro problema é o uso dos recursos naturais como, silício, ferro, cobre, platina, ouro além de elementos de terras raras como neodímio para fabricação.
O e-waste contêm todos estes elementos difíceis de serem encontrados de maneira abundante. Uma vez separados de forma eficiente dos demais componentes, tornam-se uma verdadeira “mina urbana”, diminuindo a pressão pelo uso de novos recursos naturais. Estes elementos, uma vez recuperados, possuem a mesma qualidade de um recurso extraído da natureza, por isto a importância da “mineração urbana.
No Brasil, temos a política de logística reversa obrigatória de produtos eletrônicos de uso doméstico como tentativa de diminuição da geração anual de lixo eletrônico bem como, na diminuição da extração de recursos minerais.