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Lô Borges – De Minas para o mundo

Salomão Borges Filho, mais conhecido como Lô Borges, nasceu em Belo Horizonte, em Minas Gerais, no dia 10 de janeiro de 1952, é um cantor e compositor brasileiro. É irmão do letrista Márcio Borges.

Lô foi um dos fundadores do Clube da Esquina, grupo de artistas mineiros que marcou presença na música popular nas décadas de 1970 e 1980. É coautor, junto com Milton Nascimento, do disco Clube da Esquina, de 1972, que se tornaria um marco na música popular brasileira. Entre suas composições mais famosas destacam-se, entre outras, “Paisagem da Janela”, “Para Lennon e McCartney”, “Clube da Esquina n.º 2” e “O Trem Azul”.

É considerado um dos compositores mais influentes da música brasileira, tendo sido gravado por Tom Jobim, Elis Regina, Milton Nascimento, Flávio Venturini, Beto Guedes, Nenhum de Nós, Ira!, 14 Bis, Skank, Nando Reis, entre outros. A canção “Paisagem da Janela” foi regravada em 1995 por Elba Ramalho e em 2000 por Vanessa Rangel.

Nos anos 60, se reunia com outros garotos no encontro das ruas Divinópolis e Paraisópolis, no bairro Santa Tereza, para conversar, tocar, cantar, falar dos Beatles, da MPB, do jazz. Na esquina ficava a residência do casal Borges (Maricota e Salomão) e seus 11 filhos (Lô era o sexto).

Aos 18 anos, Lô Borges já havia raspado a cabeça para servir no Exército em Belo Horizonte. Foi Milton Nascimento quem o tirou da esquina de Santa Tereza, onde tocava violão sem parar. Os dois já tinham duas parcerias – “Clube da Esquina” e “Para Lennon e McCartney”, gravadas no álbum “Milton”, de 1970 – quando o compositor, 10 anos mais velho, chegou para Lô, então menor de idade, para convida-lo para morar no Rio de Janeiro e dividir um álbum. Após mudanças mensais de apartamento, arrumaram uma casa paradisíaca em Piratininga, Niterói.

A gravadora Odeon reconheceu o poderio de Lô ao ouvir as músicas que ele havia composto – “O trem azul”, “Tudo que você podia ser” e “Um girassol da cor do seu cabelo” entre elas, e não pensou duas vezes em lhe propor uma estreia solo, no mesmo ano. O famoso “Disco do Tênis” foi seu primeiro trabalho solo, chamado desse modo por conta da foto de um par de tênis na capa. Quando terminou o disco, saiu do Rio e abandonou momentaneamente a carreira. Foi de ônibus para Porto Alegre, onde passou dez dias, e depois de carona em caminhão para Arembepe, na Bahia. Virou hippie, ficou uns meses rodando, até voltar para Belo Horizonte.

Voltou a aparecer somente em 1978, no álbum duplo Clube da Esquina 2, já sem ser o coprotagonista, como no disco de 1972. Em 1979, Lô lançou enfim o segundo álbum solo, A Via Láctea, com músicas como Equatorial (Lô Borges, Beto Guedes e Marcio Borges, 1979) e Vento de maio (Telo Borges e Marcio Borges, 1979).

Nas décadas de 80 e 90 a produção do compositor diminuiu, foram quatro discos ao total. A mudança no ritmo veio quando ele se aproximou dos 50 anos, perto da transição de 1999 para 2000.

Com o sucesso da canção “Dois rios” em 2003, parceria com Samuel Rosa e Nando Reis lançada pelo grupo mineiro Skank, Lô começou a dar novamente as caras no mercado.

Em 2016, com Samuel Rosa lançam CD/DVD ao vivo com registro da parceria. Em 2018, Alex Turner, da banda Arctic Monkeys, citou o compositor mineiro em uma lista com músicas que influenciaram o álbum Tranquility Base Hotel & Casino.

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