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Museu Casa de Rui Barbosa

A Fundação Casa de Rui Barbosa preserva e difunde a memória de uma das mais importantes personalidades de seu tempo, Ruy Barbosa de Oliveira, “O Águia de Haia”.

Desde sua criação, em 1966, a fundação promove o fomento à pesquisa inspirada na memória e no peso da produção intelectual de seu patrono. 

Jurista, senador, Ministro da fazenda, coautor da Constituição da Primeira República, membro fundador da Academia Brasileira de Letras, Ruy Barbosa viveu na casa da Rua São clemente entre os anos 1895 a 1923.

Um ano após sua morte, em 1924, prédio, mobiliário, biblioteca, arquivo e propriedade intelectual da obra de Rui Barbosa foram adquiridos pelo governo brasileiro. Em 1928 foi criado o Museu Casa de Ruy Barbosa, aberto ao público dois anos depois, o primeiro do gênero no país.

Ao acervo bibliográfico de Ruy Barbosa, cerca de 35.000 volumes, foram acrescidos os de João Mangabeira, de Luiz Vianna Filho, e de Plínio Doyle.

Jardim Histórico

O jardim da Casa de Rui Barbosa, em estilo romântico, é um monumento de interesse público do ponto de vista histórico e artístico.

Objeto de salvaguarda e de e preservação contínua, é conservado a semelhança da vegetação da época em que a casa era habitada pela família de Rui Barbosa. 

Com mais de 9.000m² é uma importante área verde para o bairro, recebendo seus moradores, diariamente, que para ali acorrem em busca de momentos de reflexão e lazer.

Mangueira, jabuticabeiras, parreiras, pitangueiras, fruta-pão, roseiras, magnólias, pérgulas, coreto, enfim, uma miragem parada no tempo e no espaço da cidade.

Espaço Físico: prédio, território e entorno

O prédio que abriga o museu Casa de Rui Barbosa, residência de Rui Barbosa e sua família entre os anos de 1895 e 1923, foi uma das antigas chácaras de Botafogo, bairro residencial preferido pela aristocracia carioca entre os séculos XIX e XX.

O prédio principal que guarda resquícios do estilo colonial por seu porão alto e fachada com predominância horizontal, recebeu elementos neoclássicos e ecléticos devido às reformas feitas pelos seus proprietários. Foi erguido em meio a um vasto jardim que é dividido em três partes – o social, na frente da casa, os laterais a casa e o privado, nos fundos da casa.

A casa, construída pelo primeiro Barão da Lagoa, o rico comerciante português Bernardo Casimiro de Freitas, no ano de 1850, também foi residência do Comendador português Albino de Oliveira Guimarães (que a reformou e fez acréscimos, imprimiu ao jardim as características românticas, em voga no final do século XIX, mandou instalar as estátuas da águia e a do leão, no jardim social, e o recanto do quiosque, no jardim privado); do comerciante inglês do ramo de trapiches alfandegados John Roscoe Allen e, por último, de Rui Barbosa, que também fez melhorias em função dos progressos tecnológicos do período: substituiu o sistema de iluminação a gás pela luz elétrica (embora tenha mantido em alguns cômodos os bicos de gás), e instalou o sistema de telefonia. Para valorizar o jardim, reformou-o, plantando inúmeros tipos de árvores e revitalizando os lagos artificiais com peixes de diferentes espécies.

No fundo do quintal, onde atualmente se encontra o prédio moderno do anexo, havia o galinheiro, onde ficavam os gansos, e o canil, onde ficavam dois mastins, ao lado do aposento onde se assavam carnes e pães. No fundo do jardim havia uma estufa de vidro e metal, onde se cultivava uma grande variedade de avencas, palmeirinhas e orquídeas.

A construção é um exemplo típico das residências da alta burguesia e aristocracia da época, com espaços reservados à vida social, na parte frontal da casa, e à rotina doméstica, na parte externa. Era conhecida, na época em que ali residiu a família de Rui Barbosa, como Vila Maria Augusta em homenagem a sua mulher.

O museu fica localizado na Rua São Clemente, Nº 134, no bairro Botafogo. O telefone para contato é (21) 3289-4600 e o e-mail do museu é museu@rb.gov.br. O horário de funcionamento é de terça a sexta-feira, das 10 às 18h, sendo a última terça-feira do mês com funcionamento até às 20h. Sábados, domingos e feriados, das 14 às 18h. Entrada franca

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