Infelizmente, mais uma vez, as páginas esportivas precisam abordar temas policiais. O racismo, um crime conhecido por todos ao redor do mundo, continua com adeptos, os quais ainda contam com a ajuda daqueles que preferem passar pano quente quando esse é o assunto. Na última semana, o atacante brasileiro, Vinicius Junior, do Real Madrid, foi mais uma das vítimas do referido crime.
Em partida realizada no dia 11, o Real Madrid venceu o Mallorca por 4×1, em duelo válido pela 5ª rodada da La Liga. O brasileiro, ex-flamengo, marcou o segundo gol dos merengues e com isso virou o placar a favor do time da capital. Como de costume, o atleta comemorou dançando. Nem Vini Jr, nem o mundo do futebol esperavam que a comemoração de um gol pudesse causar tanto problema. Durante o programa espanhol El Chiringuito, na rodade de comentários, onde o assunto era o clássico de Madrid entre o Real e o Atlético, Pedro Bravo, presidente da Associação Espanhola de Empresários de Jogadores, disse: “Você tem que respeitar o rival. Se quer dançar, que vá ao sambódromo no Brasil. Aqui o que você tem que fazer é respeitar os companheiros de profissão e deixar de fazer macaquice.”
Vinicius fez o que muitos outros antes dele já fizeram. Na própria Espanha, vimos Ronaldinho Gaúcho sambar durante sua passagem pelo Barcelona. Antoine Griezman, pelo Atlético de Madrid, já dançou em diversos tentos marcados. Cristiano Ronaldo e Neymar também se arriscaram em danças, após gols pelos clubes espanhóis em suas carreiras.
Na América do Sul, não é novidade, bem como raridade que jogadores brasileiros sofram com essas atitudes durante os jogos das competições internacionais. Torcedores de clubes argentinos, em sua grande maioria, não se envergonham em imitar macacos, entoarem cânticos racistas para jogadores brasileiros negros.
Em novembro começa a Copa do Mundo e a FIFA vai fazer suas ações contra o racismo, mas não deve ficar apenas em belos textos lidos pelos capitães. Ela deve agir com rigor. O mesmo vale para a Conmebol e para a Uefa que insistem em fazer ouvido de mercador e tapar os olhos para os crimes latentes diante de todos nós.
Basta de preconceito! Infelizmente, Vinicius Junior não foi o primeiro e não será o último. A punição para clubes, torcedores dirigentes e quaisquer profissionais ligados ao esporte deve ser exemplar para que quem sabe assim consigamos erradicar o racismo do esporte e da sociedade.
Chega de Racismo! Continue balando Vinicius Jr.!