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Maria da Penha! Símbolo de luta e resistência

Maria da Penha é o nome de uma das maiores ativistas pelos direitos das mulheres no país

Nesta semana escolhemos falar um pouco de Maria da Penha Maia Fernandes, cearense, formada pela Faculdade de Farmácia e Bioquímica da Universidade Federal do Ceará em 1966, fez um mestrado em Parasitologia em Análises Clínicas na Faculdade de Ciências Farmacêuticas da Universidade de São Paulo em 1977.

Se tornou principal instrumento de combate à violência doméstica e familiar da legislação brasileira, Maria da Penha é o nome de uma das maiores ativistas pelos direitos das mulheres no país. Sua história, que carrega um misto de tragédia, luta e inspiração, é também a história de milhões de vítimas do machismo e da violência de gênero no Brasil. O país ocupa, segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), o 5º lugar no ranking mundial de feminicídio. Depois de quase 20 anos em busca de justiça, Maria da Penha se tornou um símbolo da luta contra a violência.

E hoje, aos 77 anos, ela segue batalhando por aquilo que considera sua missão: enfrentar, por meio de mecanismos de conscientização e empoderamento, a violência doméstica e familiar contra a mulher.
O crime que mudou a vida de Maria da Penha. A farmacêutica sofreu uma dupla tentativa de homicídio por parte do marido (o crime de feminicídio ainda não existia na legislação brasileira naquela época). Enquanto ela dormia, Marco Antonio atirou em suas costas, causando lesões irreversíveis que a deixaram paraplégica e, obviamente, traumatizada.

Durante os quatro meses em que ficou no hospital, Maria da Penha passou por cirurgias, internações e tratamentos. Quando voltou para casa, seu agressor a recebeu com 15 dias de cárcere privado e uma segunda tentativa de homicídio, na qual tentou eletrocutá-la durante o banho. A criação da lei Maria da Penha no dia 7 de agosto de 2006, o então presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou a Lei n°11.340 – batizada de Lei Maria da Penha em homenagem à farmacêutica e sua luta. Além da reparação simbólica, ela recebeu uma indenização do Estado do Ceará.
Hoje, Maria da Penha dedica a maior parte do seu tempo a contar sua história e alertar não só outras mulheres, mas a sociedade como um todo, sobre a violência doméstica. Atendendo também para pautas de acessibilidade para pessoas com deficiência, ela faz isso por meio de palestras e entrevistas, além de sua atuação no Instituto Maria da Penha, do qual é fundadora e presidente vitalícia.

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