Fake news e falta de confiança nas vacinas são os principais obstáculos enfrentados pelos pais, alertam pediatras
Medo e desconfiança nas vacinas levam pais a negligenciar a imunização de crianças e adolescentes, revela pesquisa da Sociedade Brasileira de Pediatria e Instituto Questão de Ciência. Informações não confiáveis e fake news influenciam comportamento das famílias. Vacinas contra COVID-19 geram maior apreensão (81,29%), seguidas por gripe (6,7%) e febre amarela (6,09%). Redes sociais (30,95%) são principais veículos de desinformação, superando TV (3,34%). Queda na cobertura vacinal é preocupante, colocando crianças em risco de doenças erradicadas. Pediatras são capacitados para lidar com dúvidas e desafios da hesitação vacinal.
O presidente da Sociedade Brasileira de Pediatria, Clóvis Francisco Constantino, ressaltou que o país vem enfrentando uma queda preocupante na cobertura vacinal nos últimos anos, especialmente durante a pandemia de COVID-19. Segundo ele, isso coloca crianças e adolescentes em risco de contrair doenças infecciosas que antes estavam controladas ou erradicadas.
Constantino questiona por que os pais vacinaram-se, mas não estão levando seus filhos para se vacinarem. Ele levanta a questão de se eles acreditam que essas doenças, mesmo tendo sido erradicadas, nunca mais voltarão ou se estão se entregando a notícias falsas encontradas nas redes sociais sobre os supostos perigos das vacinas.