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Moradores se unem para reciclar óleo e mantêm projetos de comunidade com venda do produto

Moradores da associação Fazenda Botafogo, no Rio, se uniram para para evitar o descarte irregular de óleo doméstico, protegendo assim o meio ambiente e evitando inundações da região com a chuva em decorrência de entupimentos da rede de esgoto, e ainda por cima conseguem ganhar dinheiro com o produto. Os moradores fazem a coleta do óleo, armazenam em garrafas pet e o material é vendido a uma empresa. Com o dinheiro, mantêm vivos projetos sociais que beneficiam a comunidade.

A ideia, que surgiu em dezembro, foi do presidente da associação, Aloísio Brandão. Ele diz que o projeto hoje conta com a adesão de cerca de 120 moradores e que, semanalmente, são recolhidos uma média de 100 litros de óleo.

“Tínhamos uma dificuldade muito grande do entupimento das galerias de esgoto. A maior parte, quando a gente ia abrir as galerias, eram placas de gordura, já que as pessoas descartavam na pia, no vaso, diretamente na rede de esgoto. E foi aí que lançamos o projeto do óleo social. Esse óleo hoje é vendido e o valor é utilizado em prol da comunidade”, destaca.

Moradores da Fazenda Botafogo mantêm projetos sociais com venda de óleo. (Foto: Divulgação)

O descarte irregular de óleo contamina o meio ambiente, podendo poluir as águas, o solo e até a atmosfera. Além disso, se retido na rede de esgoto, o óleo dificulta a passagem das águas pluviais, favorecendo as inundações, e atrai pragas que podem causar doenças, como leptospirose, hepatites e esquistossomose.

“Temos o Rio Acari, que passa pela comunidade e que, antes do seu desassoreamento, em 2019, sempre transbordava e alagava as ruas por causa do entupimento das galerias. Em 2013, a água chegou ao segundo andar de muitos apartamentos. Mas hoje, depois do desassoreamento e da conscientização dos moradores, isso nunca mais aconteceu”, destaca.

A intenção agora é ampliar o projeto. “Muitos, sobretudo agora na pandemia, por medo de sair de casa e levar o óleo até a associação, ainda descartam irregularmente. Mas nossa intenção é espalhar o projeto para que todos tenha essa consciência e contribuir com a comunidade e o meio ambiente”.

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