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No terceiro trimestre, venda de carnes bovinas e de aves sobem enquanto suínos e peixes despencam, aponta estudo 

Apesar de começar o ano com queda de -12%, o ovo se recuperou e chegou a +17% de aumento no volume de itens comercializados no trimestre em comparação a 2022

A partir de pesquisa realizada com dados captados em mais de 40 mil pontos de venda dos supermercados e atacarejos em todo Brasil, a Scanntech aponta que, no terceiro trimestre de 2023, o volume de venda de carnes bovinas cresceu +14% enquanto a aviária, +11%. 

O movimento que vem sendo verificado desde o 1º trimestre nas vendas de bovinos e desde o 2º trimestre do ano nas de aves, acontece em consequência da forte queda nos preços que chegaram a -10% e -16% no 3º trimestre de 2023, respectivamente na comparação entre períodos com 2022. Outra proteína que merece destaque positivo neste ano foi o ovo, que começou o ano com queda de -12% no 1º trimestre e atingiu um aumento de +17% no 3º trimestre do ano.

Na contramão, os peixes e suínos amargam um ano de retração com queda no volume de vendas de -11% e -13% no 3º trimestre em comparação ao ano anterior. Peixes, proteína com maior preço médio por kg, de R$45,85, foi a que registrou o maior aumento de preços no 3º trimestre de 2023, de 11%, enquanto a carne bovina, segunda proteína mais cara, com preço médio por kg de R$29,55, foi a que apresentou maior crescimento ao longo do ano.

O contra-filé foi o corte mais comercializado no trimestre com crescimento de +59,8% em volume no 3º trimestre do ano, diante de uma queda de preço de 16,5%. Em segundo lugar ficou a peça de alcatra com +29,2% em volume e queda de 14,4% no valor pago pelo consumidor. Os dois cortes representam mais de 25% do faturamento do varejo alimentar de carnes bovinas em todo Brasil. Somados a coxão mole, patinho e acém totalizam 52,3% da proteína vermelha vendida no país.

De todos os produtos originados da carne suína, a bisteca, linguiça calabresa, pernil e salsicha foram os responsáveis pelo pior desempenho nas vendas. Respectivamente, os produtos registraram queda de 16,1%, 15,8%, 12,2% e 14,2% no 3º trimestre deste ano na comparação com 2022. Dos citados anteriormente, somente a linguiça calabresa teve uma variação de preços positiva de 7,4%.

Ainda no terceiro trimestre, observou-se um alto consumo de filé de peito pelo brasileiro. As vendas subiram +29% na comparação com 2022, muito por causa da queda do preço de -26%. Outros cortes como coxinha da asa também tiveram aumento de +11,7% e uma redução de 11,7% no preço.

Representando 57,8% do faturamento de ovos no Brasil, o tipo branco cresceu nas vendas +29,2% com uma queda de preços de 1,6% no 3º trimestre de 2023.  Com a maior participação no faturamento de peixes (47%), a tilápia teve queda de 23,7% no volume de vendas durante o 3º trimestre. Em segundo lugar em queda de consumo está o bacalhau com -22% com um incremento de preço de 28,5%. Contrariando a tendência dos pescados, as vendas de salmão aumentaram 61,6% em 2023, diante de uma queda de preços de -24,3%.

Para Priscila Ariani, diretora de marketing da Scanntech, os dados captados e processados no nível mais granular, confirmam que o brasileiro tem consumido mais carne bovina. “Os dados obtidos em nosso estudo prova que realmente 2023 deve se observar uma forte alta no consumo de carne bovina. O aumento do rendimento médio da população aliado à queda de preços da proteína observada desde o início do ano, exercem forte contribuição para este desempenho positivo”, destaca.

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