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Nosso Planeta: Destruição dos mangues e aumento de 50.000% nas emissões de carbono

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Prevê-se que a taxa anual de emissões de carbono devido à degradação dos stocks de carbono nas florestas de mangais aumente quase 50.000% até ao final do século, de acordo com estudo publicado na revista Environmental Research Letters .

As florestas de mangue cobrem aproximadamente 0,1% da superfície terrestre da Terra,desempenhando um papel vital no fornecimento de habitats para a vida selvagem e na regulação da estabilidade climática global. As florestas armazenam uma grande quantidade de carbono,contendo de três a quatro vezes a massa de carbono normalmente encontrada em florestas boreais, temperadas ou tropicais, e são essenciais para regular a ciclagem do carbono à escala global. 

Mas no entanto, o desenvolvimento humano nestas áreas levou à degradação destas reservas de carbono. Nos últimos 20 anos, um número substancial de florestas de mangues foi substituído pela agricultura, aquicultura e gestão de terras urbanas, fazendo com que os stocks globais de carbono deste ambientes diminuíssem em 158,4 milhões de toneladas – equivalente às emissões de carbono de toda a população dos EUA que viajou de avião entre Nova York e Londres neste mesmo período. 

A pesquisa concentrou-se na relação entre a densidade populacional humana e os stocks de carbono do solo nos mangues urbanos para quantificar o seu papel no orçamento global de carbono.  

Os resultados mostraram que quando a densidade populacional atinge 300 pessoas/km2 (semelhante à densidade populacional média do Reino Unido), o carbono armazenado nos solos dos mangues perto de áreas povoadas é 37% inferior ao das florestas de mangues isoladas. A taxa anual de emissões de carbono provenientes da perda de mangues é estimada em 7 Teragramas(um teragrama equivale a um trilhão de gramas) e deve aumentar para 3.392 Teragramas até o final do século. 

As florestas de mangue desempenham um papel importantíssimo na regulação da estabilidade climática global.

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