Estresse térmico, danos pulmonares causados pelas fumaças de incêndio e propagação de mosquitos transmissores de doenças para novas regiões à medida que a temperatura do planeta aumenta. Estes são apenas alguns exemplos de como a saúde global está sendo afetada e agravada pelas transformações que estamos vivenciando.
Como proteger a saúde da população em razão destas mudanças?
A partir de 2030, acredita-se que a subnutrição, malária, diarreia e estresse térmico aumentem o número de mortes globais em 250 mil por ano, segundo a Organização Mundial da Saúde.
Os mosquitos que transmitem vírus, como dengue, a malária, o Nilo Ocidental e o Zika, estão migrando para novas regiões do mundo, à medida que as temperaturas mais altas e as fortes chuvas criam condições favoráveis para a sua reprodução.
Só neste ano de 2023, os casos no Brasil aumentaram 73% em relação à média dos últimos cinco anos.
De acordo com o relatório Mundial sobre Malária, por conta das alterações climáticas, os casos de malária apresentaram um aumento de 5 milhões em 2022.
As tempestades e as inundações provocadas pelas alterações climáticas também estão permitindo a proliferação de outras doenças infecciosas transmitidas pela água como a diarreia e a cólera, com aumento de 25% nas notificações, por exemplo.
Com o mundo já cerca de 1,1ºC mais quente do que a temperatura média pré-industrial, as pessoas em 2022 experimentaram cerca de 86 dias em média de temperaturas elevadas.
Assim, prevê-se que o estresse térmico afeta centenas de milhões de pessoas à medida que as temperaturas continuarem a subir ao longo das próximas décadas.
Desde 2010 até o presente, mais de 2 mil milhões de pessoas foram expostas a pelo menos um dia por ano de poluição atmosférica prejudicial à saúde provocada pela fumaça dos incêndios, aumento de 6,8% ,de acordo com um estudo publicado na revista Nature.
Os eventos climáticos extremos estão se tornado também eventos extremos de saúde.