O surgimento do plástico sintético deu início ao avanço tecnológico sem precedentes de conforto material em nossas vidas.
A poluição plástica generalizada está levantando preocupações crescentes quanto aos efeitos prejudiciais sobre os organismos vivos.
Algumas décadas depois, a euforia pela nova tecnologia passa a dar lugar crescente à preocupação com o impacto nocivo dos resíduos plásticos no meio ambiente e em nossa saúde.
A contaminação do ambiente marinho por microplásticos já é reconhecida como ameaça global e que vem gerando grande preocupação a ponto das Nações Unidas começarem a discutir um tratado sobre o plástico.
Na semana em que comemoramos o novo Tratado Internacional do Alto Mar, que visa proteger 30% dos oceanos, nova pesquisa divulgada aponta que são mais de 171 trilhões de partículas de plástico nos oceanos, sem contar os microplásticos que inalamos, bebemos e até comemos.
Como os plásticos estão ligados diretamente à produtos químicos, estes representam um potencial perigo à saúde humana, animal e ambiental, reforçando o conceito “One Health”, onde tudo está interconectado.
Acontece que os efeitos tóxicos dos microplásticos ainda são poucos conhecidos e, visando ampliar o conhecimento sobre a conexão entre a exposição destes resíduos e o câncer humano, pesquisadores avaliaram se há alguma diferença entre os microplásticos encontrados no tecido do cólon de pessoas com câncer e naqueles sem câncer.
O artigo foi publicado na revista Environmental Chemistry Letters
Os microplásticos encontrados foram basicamente o polietileno, o poli e náilon.
De acordo com a pesquisa, o número de microplásticos encontrados foi significativamente maior nos tecidos tumorais do cólon em comparação com os tecidos não tumorais do cólon.
A pesquisa sugere uma possível conexão entre o câncer colorretal e a exposição à microplásticos. Ainda é só início, mais estudos precisam ser realizados para poder validar a descoberta. À conferir.