Parte 1
A energia tal como a conhecemos foi e ainda é fundamental para o desenvolvimento da humanidade. Acontece que este mesmo combustível fóssil, que nos ajudou a enfrentar grandes desafios, é sujo e perigoso, emitindo gases de efeito estufa, o que contribui para as alterações climáticas e poluição do ar.
O mundo carece assim, de uma infraestrutura energética segura, de baixo carbono, mas que seja também economicamente viável em larga escala, já que milhares de pessoas ainda vivem sem energia.
Mas embora a energia nos traga enormes benefícios, ela tem suas desvantagens. A produção de energia pode ter impactos negativos na saúde humana e no ambiente de três maneiras.
A primeira é a poluição atmosférica, milhões de pessoas morrem prematuramente todos os anos em consequência da poluição atmosférica. Os combustíveis fósseis e a queima de biomassa
– madeira, esterco e carvão vegetal – são responsáveis pela maioria dessas mortes.O segundo são os acidentes como na mineração e extração de combustíveis – carvão, urânio, metais raros, petróleo e gás e os acidentes no transporte de matérias-primas e infraestruturas, na construção da central eléctrica ou na sua manutenção, por exemplo.
A terceira são as emissões de gases com efeito de estufa, já que os combustíveis fósseis são a principal fonte destes gases, o principal motor das alterações climáticas. Em 2020 91% das emissões globais de CO 2 vieram dos combustíveis fósseis e da indústria.
Nenhuma fonte de energia é completamente segura. Todos eles têm impactos de curto prazo na saúde humana, seja através da poluição atmosférica ou de acidentes. E todos eles têm impactos a longo prazo, contribuindo para as alterações climáticas.
Mas e as energias nucleares e renováveis? São realmente mais seguras que os combustíveis fósseis? Qual os seus impactos a longo prazo para as alterações climáticas? Existe algum risco para a saúde a curto prazo?
Continuaremos na semana que vem.
