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“O turismo é o novo petróleo’

Marcelo Moraes, gerente de marketing do hotel Rio Othon e produtor de eventos, fala sobre a retomada nott setor e aposta no potencial imensurável de o Rio atrair visitantes e gerar emprego e renda
Por Claudia Mastrange

Com a flexibilização da quarentena no Rio, decretada pelo Prefeito Marcelo Crivella, a cidade entrou na fase e as atividades culturais e turísticas começam a ganhar fôlego. Gerente de Marketing, eventos e relações públicas do tradicional hotel Rio Othon Palace, em Copacabana, no Rio de Janeiro, Marcelo Moares é o responsável pelos grandiosos eventos no local. Considerado um dos reis da noite carioca, ele comemora a retomada  da movimentação no setor. “A retomada será lenta e gradual, com uma maior força para o turismo interno. A hotelaria, por exemplo, começa o processo de recuperação de forma tímida, fomentada com esse turista”, informa Marcelo, em entrevista ao Diário do Rio.

Formado em Economia e pós-graduado em Finanças., Marcelo, que começou na área, em 2016, após um convite da equipe da dupla sertaneja Zezé Di Camargo & Luciano, para produzir o camarote `É o Amor´, na Marquês de Sapucaí. “Me apaixonei de tal forma, que, no ano seguinte, fiz o Lounge Carioca, também na avenida”, lembra ele,.também  produtor do ´Brazilian Day Newark´, em Nova Jersey, nos Estados Unidos, que surgiu há dois anos e deve retornar, em 2021, por conta da pandemia.

Diário do Rio – Como o Turismo em geral e mais especificamente no Rio foi afetado nessa pandemia? Com a gradual abertura, como está a retomada das atividades de turismo e no setor hoteleiro?

Marcelo Moraes – Estamos muito otimistas quanto à retomada. Ela tem sido mais devagar do que o esperado, porém vimos a ocupação saltar de 3% no ápice da pandemia, em abril, para 24%, em outubro. Os feriados ajudaram muito, pois neles tivemos ápices de 50% de ocupação, além dos turistas elegerem o Rio como principal destino.

DR – Qual a sua expectativa de recuperação já para as festas de fim de ano e o Verão?

Quanto às festas de fim de ano, acredito que tanto nossa ceia de Natal quanto as nossas três festas de réveillon tenham lotação máxima, dentro das novas regras permitidas. Assim, poderemos passar com nossos amigos e familiares estando protegidos. Acredito que teremos uma ocupação beirando os 70%, o que seria incrível e a maior do ano pós-pandemia, mas em relação a 2019, onde tivemos 100% de ocupação.

DR – O que mudou na logística dos serviços e no atendimento?

Praticamente tudo. Estamos vivendo uma nova realidade. Começando pela
obrigatoriedade do uso de máscaras, tapetes sanitizantes nas entradas,
dispensers de álcool gel espalhados pelo hotel (entradas, elevadores,
banheiros e salas de eventos), além da sanitização dos quartos com
quaternário de amônia. Tanto café da manhã como almoço, estão sendo
servidos por nossos funcionários respeitando os distanciamentos. Quem
quiser, pode optar pelo café da manhã no quarto.

-Em meio a tantos transtornos no setor, gerados por essa pandemia, qual o lado positivo.?
A volta dos turistas de redondeza e, até mesmo, da própria cidade. Muito bacana recebermos quase 100% de turistasbrasileiros.

DR – Que mudanças vieram para ficar no setor?
Diante da pandemia, certamente vieram para ficar os eventos híbridos, a maior atenção à higienização por parte de todos e um certo distanciamento social.

Para o especialista, vocação turística do Rio deve ser melhor trabalhada (Foto :Pixabay)

DR – O senhor citou a produção de eventos no fim do
ano… Acredita ser possível assegurar a segurança, controlar pessoas em comemorações em plena pandemia?

Não só acredito, como tenho a plena certeza. As festas de fim de ano
virão de maneira diferente. Menos pessoas, máscaras inclusas no kit,
bebidas servidas individualmente, temperatura sendo aferida na entrada,
tapetes ou cabine sanitizante para desinfecção. Sanitização de toda a
área da festa e lugares marcados. A conscientização de cada um também é
muito importante para que tudo flua da melhor forma.

DR Acha que o quesito alegria também funciona como um alento para as pessoas em meio a esse momento delicado que o mundo vive? Haverá a tradicional queima de fogos?
Sim, além de todos os protocolos de segurança, vamos promover uma queima de fogos de 12 minutos no 32º andar do hotel. Sei que o que estamos vivendo, é completamente diferente e que as pessoas têm medo. É claro, todos temos, Mas diante de tudo que passamos e estamos  passando em  2020 precisamos nos divertir um pouco, com segurança.

DR – Por que costuma dizer que o turismo é o novo petróleo?
MM –
O turismo movimenta a cadeia produtiva de uma cidade, pois ele vai desde a hospedagem, passando pelo transporte, alimentação e comércio. Turismo gera emprego, e isso é importante, principalmente no Brasil, onde o índice de desemprego aumentou muito. Lembrando que o turismo também melhora a qualidade de vida. Por tudo isso é o novo petróleo. O turismo, sendo bem explorado, e difundido em uma cidade como o Rio de Janeiro traria um lucro jamais visto.

DR – Há um potencial que pode ser bem mais explorado, certo?

Sim. Precisamos vender uma imagem positiva e propositiva para que todos possam vir ao Rio com segurança e ver o que a cidade tem de mais bonito. O Rio mistura atrações naturais e urbanas. Se você olhar em quase qualquer direção, temos diversos cartões postais. Nós temos um poder para desenvolver culturalmente junto aos órgãos do governo e prefeitura, um potencial imensurável.

DR – O que esperar – e desejar – para 2021?
MM –
A primeira coisa que podemos desejar é que a vacina contra a COVID-19 saia e que isso possa dar estabilidade aos setores. Mesmo não saindo a vacina, precisamos aprender a conviver com a doença, tomando todos os cuidados já citados. Acredito na volta dos turistas e no aumento de ocupação, assim como a volta dos eventos corporativos e sociais que foram reprimidos neste ano. Acredito em um ano positivo.

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