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ONG Mulheres da Parada oferece oficinas gratuitas de trança para mulheres com deficiência visual, em São Gonçalo

Foto: Divulgação

Em parceria com o Centro de Apoio dos Deficientes Visuais da cidade, organização apoiada pelo Instituto Phi abre inscrições para 60 vagas

De acordo com os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), publicados, em dezembro de 2023, mais de 6,5 milhões de pessoas têm deficiência visual no Brasil, sendo que 500 mil, são cegas e cerca de 6 milhões, têm baixa visão. Pensando nisso, a ONG Mulheres da Parada está com inscrições abertas para 60 vagas nas oficinas gratuitas de tranças box braid (soltas) para mulheres com deficiência visual. Através dessa ação, a organização, que é apoiada pelo Instituto Phi, tem como objetivo, promover inclusão, trabalho e renda. A iniciativa é realizada em parceria com o Centro de Apoio aos Deficientes Visuais de São Gonçalo (Cadevisg). 

As interessadas podem se inscrever por meio do WhatsApp (21) 99458-4684 e optar entre os turnos da manhã (9h às 12h) ou da tarde (13h às 16h). As oficinas serão realizadas nos dias 05, 12 e 19 de agosto, na sede da Cadesvig, no bairro de Porto Velho, em São Gonçalo, município do Rio de Janeiro. Os materiais e certificados das aulas serão fornecidos gratuitamente. 

“Estamos muito empolgadas e felizes em oferecer as oficinas para este público específico, uma vez que estamos desenvolvendo uma metodologia própria em parceria com a Cadevisg para realizar as aulas”, explicou Letícia Dahora, presidente e cofundadora da Mulheres da Parada.

A ONG foi fundada em abril de 2020, a partir da iniciativa de mulheres negras e moradoras das periferias de São Gonçalo, com base nas necessidades sociais e econômicas aprofundadas pelo contexto da Covid-19 nesses territórios. Desde 2022, a Mulheres da Parada é apoiada pelo Instituto Phi por meio do Programa (Re)Conquista, que tem o objetivo de incentivar o empreendedorismo como uma via de inclusão social produtiva nas organizações não governamentais.

“Essa é uma iniciativa maravilhosa da Mulheres da Parada! Precisamos vencer os desafios que ainda travam a inclusão de pessoas com deficiência no mercado de trabalho, e promover o empreendedorismo certamente é um dos caminhos importantes”, diz Luiza Serpa, fundadora e diretora do Instituto Phi.

Thatiely Souza, da equipe da Cadevisg, também ressaltou a importância da iniciativa. “O objetivo é promover a autoestima e atender a uma nova realidade de vida, que é a condição da deficiência visual, permitindo a reinserção social no mercado de trabalho destas mulheres”, declarou.