O programa Segurança Presente, criado pelo Governo do Estado em 2014, já ajudou a encontrar 250 pessoas que estavam desaparecidas no Rio de janeiro, desde a inauguração da primeira base, no bairro da Lapa.
O programa foi criado com o objetivo de aproximar as forças policiais da população e apoiar a Delegacia de Paradeiros, com orientações a familiares e desaparecidos.
Desde o início do programa também já foram realizados mais de 185.000 atendimentos sociais, quase 30.000 conduções a delegacias e 5.331 mandados de prisão cumpridos.
As unidades do Segurança Presente, quando procuradas, orientam os familiares de desaparecidos a fazerem um registro de ocorrência sobre o caso. A informação permite que os conhecidos sejam contatados imediatamente quando alguém é encontrado. Além dessa orientação, os cartazes de desaparecidos são compartilhados entre os policiais e assistentes sociais do programa, permitindo que ajudem na busca.
“A gente tenta fazer uma busca ativa, sem ultrapassar os limites do programa e sabendo que tem órgãos competentes que também fazem esse trabalho. Quando encontramos uma pessoa desaparecida, damos todo o auxílio necessário e vamos até a família desse desaparecido para promover o reencontro”, contou Marilene Maciel, assistente social do Segurança Presente.
Uma dessas pessoas encontradas pelo Segurança Presente foi Simone Franco, moradora de Osvaldo Cruz, no interior de São Paulo. A jovem estava no terminal das barcas da Praça 15, no Centro do Rio de Janeiro. Simone constava como desaparecida há duas semanas, e sua família acreditava que estava em Presidente Prudente, município vizinho de onde moram.
“Quando a Simone desapareceu começou um tormento. Foi muito difícil, a gente ficou um tempo sem notícias dela, até que a dona Marilene entrou em contato com a nossa família, avisando que a encontraram e a trariam para casa”, contou Janete Franco, irmã da Simone.
Quando Simone foi identificada como em situação vulnerável, a assistente social Marilene Maciel compareceu ao local para ajudar a jovem. Ela foi encaminhada para assistência médica e quando constatado a sua situação como desaparecida, a família foi contatada.
“Na época eu estava um pouco perdida, quando eu comecei a conversar com a Marilene tive medo de falar que estava em situação de rua, mas eventualmente contei. Se não fosse por ela, não sei onde estaria hoje. Ela me ajudou muito, conta Simone.
Alerta Pri
Em março, o Estado do Rio de Janeiro ganhou o primeiro sistema de alerta por telefone do país para solucionar desaparecimentos. O Alerta Pri poderá ser disparado pela Polícia Civil e torna obrigatória a divulgação de fotos e informações das vítimas pelas companhias de telefonia celular.
A mensagem de urgência enviada pelo Alerta Pri vai conter o nome, idade, características físicas, local de desaparecimento e todas as demais informações vistas como necessárias pelas autoridades. O objetivo é agir rapidamente quando esse tipo de crime for registrado no sistema.