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Opinião: A sangria aos cofres públicos continua avançando sem limites

Foto: Pixabay

Os números da sangria dos cofres públicos foram pesquisados
e os resultados são impressionantes. Os gastos em apenas dois meses de 49 dos deputados federais em plena pandemia da Covid-19, chegaram a R$ 1,3 milhão. Incluindo as viagens internacionais do presidente da Câmara Arthur Lira em jatinhos da FAB, as despesas dos deputados somaram R$ 2,2 milhões. Com as diárias e passagens dos assessores e seguranças que acompanharam os deputados, os gastos alcançaram R$ 2,58 milhões. Contando as viagens de julho e agosto, a conta fechou em R$ 2,67 milhões.

Pré-candidato a presidente da República, o presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco, tem viajado pelo País nos últimos meses. O senador já torrou R$ 1,2 milhão com voos em aeronaves oficiais.

Achou pouco, não, ainda tem muito mais. A sangria dos cartões corporativos dos assessores e seguranças do presidente do senado totalizaram mais R$ 233 mil. Assim, o total de gastos com viagens do
presidente do Senado e assessoria totalizaram R$ 2,16 milhões, em 2021.

Como se diz na gíria, Rodrigo Pacheco tem mais “hora de voo do que urubu”. Até meados de setembro, Pacheco havia realizado 60 voos em
jatos da Aeronáutica, sendo 45 de ida ou volta para Belo Horizonte. Outros deslocamentos foram para São Paulo, Rio de Janeiro e Goiânia, onde estiveram 133 prefeitos. As despesas do senador com jantar chegam a R$ 22 mil.

O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, no auge Covid-19, foi o que mais gastou com viagens nacionais e internacionais ano
passado. Contabilizando as diárias e passagens para assessores e seguranças, custo total de R$ 3 milhões.

Analisando a página de transparência do Senado Federal concluímos que os senadores gastam com divulgação do mandato. Foram R$ 2 milhões em 2019. As despesas com escritórios somaram R$ 3,8 milhões. Passagens aéreas no total de R$ 7 milhões. No total dos gastos consumiram R$ 6,2 milhões ano passado.

LULA, libertado pelo STF, prestando contas da viagem internacional (Alemanha, Bélgica, Espanha e França) em novembro do ano passado revelam despesas de até R$ 223 mil com diárias e passagens aéreas. Lula lidera o ranking de gastos com R$ 976 mil.

DILMA ROUSSEFF ocupa lugar de honra no ranking de gastos, com R$ 963 mil, sendo R$ 99 mil com diárias e passagens. As viagens para o exterior custaram R$ 60 mil. Seus servidores custaram R$ 828 mil. Em 2019, antes da pandemia, Dilma torrou R$ 544 mil em visitas a 13 países. Na viagem de férias de 42 dias a Nova York e Sevilha, a despesa
com 96 diárias para assessores chegou a R$ 136 mil.

FERNANDO COLLOR DE MELO senador, custou aos cofres público a bagatela de R$ 962 mil. Com a sua equipe de apoio as despesas bateu a casa dos R$ 706 mil, neste ano 2021. Nas viagens pelo país foram gastos R$ 208 mil com passagens e diárias.

MICHEL TEMER já gastou 835 mil neste ano, sendo 736 com servidores. As despesas com viagens somaram 73 mil, e como viaja muito de carro oficial pelo interior paulista, gastou R$ 24 mil com combustível.

FERNANDO HENRIQUE CARDOSO suas despesas como ex-presidente nos custaram R$ 707 mil, dos quais R$ 706 mil com apoio.

JOSÉ SARNEY gastou um total de R$ 747 mil, sendo R$ 683 com servidores.

Tudo pago pelo contribuinte, a gastança dos ex-presidentes já soma R$ 75 milhões.

No judiciário, o presidente do STF, Luiz Fux, torrou em 2021 cerca de R$ 1,6 milhão com viagens. A origem da sangria foram as viagens de ida e volta para o Rio de Janeiro, São Paulo, Brasília e Minas Gerais. A totalidade sem agenda oficial sangrou cerca R$ 1,4 milhão dos cofres públicos.

Os gastos do poder judiciário em 2020

Em 2020, ano a Justiça brasileira gastou mais de R$ 100 bilhões. Dados oficiais do CNJ, o Conselho Nacional de Justiça. O custo do judiciário é representado por 433 mil funcionários, entre os quais 18 mil juízes. A sangria tende a aumentar com a reforma dos prédios da Justiça orçada
em cerca de R$ 3 bilhões.

Enquanto os políticos e o judiciário fazem a festa com o erário público, dados divulgados pela prefeitura de São Paulo dia 23, são alarmantes. A população em situação de rua na capital, em dois anos, aumentou 31%, ou seja, de 24.344 em 2019, pulou para 31.884 pessoas vivendo nas
ruas da cidade.

No Rio de Janeiro, no período de 26 a 29 de outubro de 2020, de acordo com a Secretaria Municipal de Assistência Social, 7.272 em situação de rua, sendo 5.469 pessoas vivendo nas ruas da cidade, e
1.803 nas unidades de acolhimento e comunidades terapêuticas.

Somos hoje 50 milhões vivendo abaixo da linha da miséria e 15 milhões de desempregados. Realmente não dá para dimensionar o tamanho da gastança, assim como não dá para aceitar inerte essa violência, esse crime praticado por políticos e juízes corruptos em detrimento da maioria da população.

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