Por Guilherme Abrahão
O futebol brasileiro está muito acima do argentino. Nem falo de seleções em si, mas de clubes. E com a pandemia, o poder financeiro dos argentinos caiu ainda mais, enquanto o dos brasileiros, para o cenário sul-americano, sobrou muito. Basta ver a diferença gritante de Flamengo e Palmeiras – no valor de seus plantéis – para os supercampeões dos hermanos, Boca Juniors e River Plate. Salvo um outro que vai tropeçar nas copas, a tendência é que os brasileiros cheguem longe e conquistem novamente o torneio continental.
Nos últimos dois anos, a taça ficou para o Brasil. Com o Flamengo em 2019 e com o Palmeiras em 2020. As duas equipes novamente aparecem com grandes chances, isso sem esquecer do Atlético-MG, uma das equipes que mais se reforçou no país. Além disso, o Fluminense vai fazer uma grande campanha e pode ir longe. Não acredito em título, mas não descarto que possa estar entre os quatro primeiros. Dos brasileiros que seguem, Internacional e São Paulo talvez sejam os que vivem piores momentos e nessa toada dificilmente chegarão fortes para a conquista da Copa Libertadores.
Dos argentinos, River, Vélez, Boca e Racing, fortes e tradicionais, ainda podem surpreender, mas não consigo ver a taça ficando com algum deles. Argentinos Juniors e Defensa y Justicia já chegaram mais longe do que podiam imaginar. Completam a lista Olimpia e Cerro Porteño, ambos do Paraguai, e Barcelona, do Equador, com condições remotas de serem campeões, atualmente.
E o domínio não fica só pela Libertadores. Na Copa Sul-Americana Grêmio, Athlético-PR, Red Bull Bragantino e Santos concorrem com possibilidades reais de ficarem com o caneco. O mais favorito – mesmo sem tradição – é o Bragantino. Afinal, foram quase R$ 200 milhões em reforços para o ano. Façam suas apostas para quem leva as taças. Mas ao que tudo indica, o continente será verde e amarelo mais uma vez. Mesmo com a Argentina campeã da Copa América.