No País da corrupção, os desmandos, as impunidades, as violações dos direitos humanos, as injustiças retornam a cena do crime. O nível de corrupção chega a patamares insuportáveis, se é que é possível suportar qualquer nível.
A nação que no passado recente, conviveu esperançosamente com uma frente antecorrupção atingindo políticos e empresários com prisões, delações e confissões dos crimes cometidos, na operação batizada de “Lava Jato”. Coincidência ou não, no atual governo – poderes executivo, legislativo e principalmente judiciário, os crimes e os criminosos voltam a agir impunemente.
Com o desmonte da Operação Lava Jato, um grande retrocesso no combate à corrupção, entra em cena as canetas dos milicos do STF, com destaque para o Dias Toffoli e Gilmar Mendes, que ao longo do ano passado, liberou geral, suspendendo milhões de multas da empreiteira Odebrecht, e anulando todos os processos da Lava Jato contra Marcelo Odebrecht.
As canetas dos milicos supremos continuam fazendo estragos anulando provas, como por exemplo, as decisões contra empreiteiros e os irmãos Wesley e Joesley Batista, da J&F, do ex-governador Sergio Cabral, réus confessos, que delataram vários políticos.
As decisões dos milicos da suprema Corte livrando todos os corruptos da prisão e promovendo impunidades com anulação de dezenas dos processos, nos torna um País do “faz de conta”, ao ser desmontado o maior esquemas de combate a corrupção da história recente brasileira.
Parodiando o vice-presidente Geraldo Alckmin, com a ajuda do executivo e do judiciário os corruptos do passado voltaram à cena do crime.
Se o preço da carne esta alto, tem ovos…
A inflação, com a alta dos preços dos gêneros de primeira necessidade tem tirado o sono do povão. Com a perda do poder de compra da população para adquirir alimentos, o governo tem apresentado soluções ineficazes para combater a alta dos preços.
O ministro da Casa Civil, por exemplo, sugeriu intervenções no mercado para conter a inflação.
O governo acredita que os alimentos sobem porque a demanda está elevada, e os empresários “gananciosos” aproveitam para aumentar os preços.
O governo, sem apresentar uma saída para conter a alta dos preços faz sugestões estapafúrdias como por exemplo: “Uma das coisas mais importantes para que a gente possa controlar o preço é o próprio povo. Se você vai ao supermercado em Salvador e você desconfia que tal produto está caro, você não compra;’’ “Olha, se todo mundo tiver essa consciência de não comprar aquilo que acha que está caro, quem está vendendo vai ter que baixar para vender porque senão vai estragar. […] Isso é da sabedoria do ser humano: eu não posso comprar aquilo que eu acho que está sendo exagerado o preço, então vou deixar na prateleira, não vou comprar, compro amanhã, compro outra coisa, compro um similar. É um processo educacional;’’ “substitua o alface pela chicória;” “troque a laranja por outra fruta.”
Enquanto o governo transfere para o povão a culpa pela inflação dos alimentos básicos, gasta milhões em viagens internacionais inúteis acompanhados de comitivas gigantes. Nesse contesto de gastos inúteis estão os da primeira dama, que sempre que pode “enfia o pé na jaca,” e quando isso acontece, nós pagamos a conta. É o “janjapalooza”, que torrou da Itaipu Binacional enfiou R$ 15 milhões e da Petrobras, o Banco do Brasil, o BNDES, a Caixa já passou dos 30 milhões.
A primeira ministra, digo primeira dama, em viagem à Itália com ministro do Desenvolvimento Social, Wellington Dias (PT), já acumula um custo de cerca de R$ 140 mil. A comitiva formada por pelo menos 12 pessoas, consomem diárias que variam de R$ 6 mil a R$ 17 mil. Os dados fazem parte de um levantamento divulgado pelo jornal O Estado de São Paulo (Estadão). Segundo o Estadão, o gasto total com a viagem é ainda maior, pois o montante dos R$ 140 mil não engloba os valores das diárias pagas a Janja, e nem os gastos com passagens dos outros viajantes.
Em inquérito aberto pela Procuradoria da República no Distrito Federal pretende investigar a suposta falta de transparência em atos do governo Lula e obter informações sobre a quantidade de assessores à disposição da primeira-dama e sobre o uso do helicóptero presidencial e os gastos com a alimentação no Palácio da Alvorada.
Enquanto isso, sem a picanha, a alternativa do povão é comer ovos.