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Opinião: O Golpe de 64 ainda não terminou

Sessenta anos se passaram após golpe militar, a tirania dos poderosos continua vigente, dessa vez mascarada pela falsa defesa do Estado Democrático de Direito. Quando no dia 31 de março de 1964, as tropas militares se colocaram à disposição de seus comandantes que culminou com a saída do presidente João Goulart, o absolutismo, o imperialismo e a tirania permanecem 60 anos depois do regime militar.

Se antes eram os militares que através da força das armas oprimiam o povo, hoje a opressão vem das canetas dos imperadores do Supremo Tribunal Federal em conluio com o Poder Executivo, o grande capital espoliativo e o consórcio dos veículos de imprensa,  interessados na volta da corrupção e manter o País no atraso.

Barbaridades e aberrações em decisões ilegais, contrárias aos preceitos constitucionais  impõe medidas arbitrárias contrárias ao  Estado de Direito, ao devido processo legal, aos direitos fundamentais da liberdade de expressão, de manifestação sem anonimato, de reunião sem armas, sigilo das comunicações, inviolabilidade do domicílio, etc.

A prisão dos manifestantes  baderneiros do dia 8 de janeiro, condenados pela tirania do STF, é um forte exemplo de que o golpe continua a pleno vapor.  Impera a imposição de vontade dos ditadores de toga, que punem todos que ousam a contestá-los. O arbítrio anula   os princípios legais da livre manifestação do pensamento, do acesso à informação, da liberdade de reunião pacífica.

Os atuais “poderosos”, não se importam com o povo. Anulam condenações daqueles que praticaram  crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro, cassam mandato de parlamentares eleitos pelo voto popular que são contrários ao regime. Em ritmo de vingança, a caça e a condenação dos “inimigos políticos” passou a ser uma questão de honra. “Missão cumprida”; “Perdeu Mané”.

“O STF é uma vergonha para o País”

Eles não aceitam ouvir a verdade. O cidadão brasileiro, segundo um dos imperadores afirma que ele teria dito que ele e o STF “são uma vergonha para o Brasil e para o todo povo de bem”. “Só isso, tá. Infelizmente, um país lindo como o nosso está sendo destruído por pessoas como você”. Liberdade de expressão… Não para os supremos imperadores. A Gestapo da Suprema Corte já apontou o cidadão, servidor público, que se viu obrigado a solicitar sua exoneração. Sem sombra de dúvidas, estamos a passos largos caminhando para um regime autoritário, sem direitos individuais.

É urgente que nossos  legisladores que estão acuados pela sua própria covardia deem um basta nessa suprema tirania. Afinal, são os verdadeiros representantes do povo e   foram eleitos para servir a nação  (o povo).  

Enquanto tudo acontece no País da tirania, a gastança do dinheiro público não tem freios. Enquanto 90% da população depende do salário mínimo para sobreviver, a média mensal salarial dos embaixadores brasileiros bate a casa dos R$ 170 mil.

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