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Opinião: O Golpe Militar 1964 – Golpe Supremo 2020

Foto: Wikimidias commons

Para quem não viveu entre 1960 e 1980, não sabe o que foi o Golpe Militar de 1964, quando jogaram no lixo a Constituição, tanques e baionetas tomaram o poder subvertendo a ordem dando início à Ditadura Militar, que se estendeu até 1980, caracterizado por censura, sequestros, torturas e execuções sumárias cometidas por agentes do governo, onde se conclui que sem as forças militares e armas, não há golpe.

A história registra, entre os anos 1964 e 1980, mais de 400 pessoas mortas e desaparecidas. Mais de 6 mil torturadas durante o período. Além da barbárie praticada em nosso país, há relatos de agentes torturadores ensinando métodos de tortura a militares chilenos no Estádio Nacional em Santiago. E os métodos de tortura… Descargas elétricas, nos órgãos genitais, empalamento com cassetetes, estupros repetidos, suspensos no pau-de-arara.

Durante os anos de chumbo, o Congresso Nacional e Assembleias Legislativas foram fechados. A censura se fortaleceu, reuniões políticas  foram proibidas. Suspensão do habeas corpus por crimes de motivação política e dos direitos políticos de cidadãos considerados subversivos, ou seja, todos que faziam parte da oposição, com a cassação e suspensão de direitos atingindo cidadãos em todo o país, incluindo deputados federais em exercício do mandato. Ao menos 1400 pessoas foram presas. Como as prisões eram ilegais, não havia informações sobre quem desaparecia. Lei de Segurança Nacional, AI-5, com Justiça Militar julgando os crimes considerados políticos.

Quando essa geração imaginava que não mais passaria por ditaduras, eis que surgi em 2020, a Suprema Ditadura…

Novamente rasgou-se a Constituição, implantou-se a censura. Opositores ao regime tirano são perseguidos e detidos pelo braço armado do STF e STJ, a “polícia federal”; não fecharam o congresso, ainda, mas cassaram os direitos políticos dos acovardados congressistas; Implantaram o regime absolutista; se comportam como verdadeiros imperadores; detonaram a imunidades dos parlamentares; assim como em 64, a grande imprensa foi cooptada com avalanche de recursos financeiros – nosso dinheiro para apoiar o golpe; violações dos princípios fundamentais do devido processo legal, do direito à ampla defesa, da presunção de inocência; baderneiros invadem o Congresso, o Planalto e o STF; são acuados sob bombardeio de bombas de gás lacrimogênio, balas de borracha;  prisões coletivas, ilegais, autoritárias  com mais de 2 mil pessoas inocentes (sem tanque, sem baionetas e sem as forças armadas), detidas ilegalmente apenas com bandeiras verde e amarela, usadas como armas para promover o “golpe”; são  declaradas terroristas, golpistas, presas, condenadas a penas que variam de 11 a 17 anos.

O exército de terroristas era composto de donas de casa, faxineiras, avós, advogados, engenheiros e médicos, todos acusados de tentar abolir violentamente a democracia, são eles: Jupira Silvana da Cruz Rodrigues; Nilma Lacerda Alves; Edith Christina Medeiros, advogada; Regina Aparecida Modesto, engenheira; Roberta Jérsyka, estudante de medicina; Edinéia Paiva, faxineira; Roney Duarte Botelho, corretor de seguros.

Por conta da COVARDIA dos deputados federais e senadores, estamos vivendo sob uma violenta suprema ditadura, exercida pelos tiranos encastelados  na suprema corte e no poder executivo. Os métodos utilizados para oprimir e calar o povo estão nas canetas dos tiranos. Não são muitos diferentes dos utilizados durante os “anos de chumbo” da ditadura militar.  Ainda não estão usando os mesmo métodos de tortura. Mas ao que parece, falta pouco para usarem o “pau-de-arara”.

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