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Opinião: Onze tiranos governando o país!

Foto: Andressa Anholete/STF

Não se pode negar que somos um País heterogêneo no que se refere aos governos que por aqui passaram.  Resistimos à ditadura do Estado Novo de 1937 a 1945, no governo de Vargas; ao regime democrático liberal batizado de “Quarta República Brasileira”, de 1945 até 1964, e a uma violenta ditadura militar que se estabeleceu até 1984, que posteriormente culminou com as eleições diretas e início da redemocratização com a implantação de um regime democrático liberal.

Ao longo da história política do Brasil, governos se revezaram no poder, e uma peculiaridade comum a todos, foi a imposição de uma ditadura, submetendo o povo às regras estabelecidas pelo poder central diante de um Congresso fraco e submisso, característica que permanece até os dias de hoje.   

Agora, chegou a vez do Judiciário, ou seja, estamos sendo governados por onze tiranos que tomaram o poder diante de um Congresso e um governo extremamente fraco, corrupto, omisso e covarde.

Se inicialmente antes se apresentavam dissimuladamente, agora não estão mais. As falas do tirano de toga Dias Toffoli, não deixa a menor dúvida no episódio da liberação da maconha ele afirmou: “que o trabalho dos juízes da Corte é legitimado por 100 milhões de votos, que a legitimidade dos magistrados no processo deriva da aprovação pelo Senado e da nomeação pelo Presidente da República”. “Se somarem os votos dos presidentes da República aos votos dos senadores que nos aprovaram, todos aqui estamos legitimados em cerca de 100 milhões de votos”.

Ou seja, para o ministro tirano, a nomeação dada pelo presidente da República e aprovada pelo Senado, os legitimam “popularmente” para decidirem sobre qualquer matéria, inclusive de legislar substituindo a Câmara e o Senado.

O tirano de toga afirmou que o Judiciário tem a competência de analisar a descriminalização, nesse caso das drogas, apesar do tema ser da competência exclusiva do Legislativo. Afirmou ainda, que a Corte está atendendo o “clamor da sociedade” e ao “comando constitucional”; “A mim, não me incomoda o fato de nós estarmos deliberando sobre algo na medida em que há um clamor da sociedade e há um comando constitucional; “Evidentemente que por isso nós somos um colegiado, porque são as visões diferentes que vão chegar a um resultado e a voz da sociedade aqui se faz presente”; “Aqui nós temos pessoas indicadas por presidentes da República de direita, de esquerda, de centro, de centro-direita, de centro-esquerda. Aprovados todos pelo Senado da República. Não há que se falar que aqui não há legitimidade popular”.

Embora o supremo ministro tirano Luiz Fux, reconheça que estão sim praticando o “ativismo judicial”; passaram por cima do Congresso e por maioria decidiu liberar geral o consumo de drogas, no caso a maconha.  Com mais essa decisão, o Congresso praticamente deixou de ser a “instância maior”. A bola está com os supremos ministros tiranos do STF.

Em resumo, embora o tirano Luiz Fux tenha afirmado que o Brasil “não tem governo de juízes”, na prática os tiranos togados se consideram legítimos representantes da sociedade e estão acima do Congresso e do Presidente da República.

Indo mais adiante, o ativismo judicial não se resume apenas na liberação da maconha.  O ministro tirano Dias Toffoli enterrando a operação “Lava Jato”, anulou condenações e provas da corrupção na Odebrecht,  e recentemente a ações penais contra o marqueteiro João Santana e a mulher dele, a empresária Mônica Moura.

Os traficantes agradecem…

 Aos supremos ministros tiranos Dias Toffoli, Gilmar Mendes, Alexandre de Moraes, Edson Fachin, Luís Roberto Barroso, Luiz Fux, Cármen Lúcia e Rosa Weber; pela descriminalização do porte e posse de maconha em favor do ativismo judicial. Liberou Geral.

E o trem da gastança continua nos trilhos…

Enquanto os brasileiros padecem numa fila de hospitais públicos para serem atendidos, alguns até vindo a óbito na lista de espera, nossos representantes no Congresso e os supremos tiranos de toga, estão gastando o dinheiro público no evento do supremo ministro tirano Gilmar Mendes, em Portugal. 

A mamata está concorrida com grandes empresários políticos, gestores públicos, ministros de tribunais superiores, advogados e banqueiros. O evento já ganhou até o apelidado de “Gilmarpalooza”. Muito triste saber que estamos refém dessa oligarquia. Se não mudarmos, continuaremos morrendo nas filas dos hospitais ou pela violência urbana por falta de segurança.

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