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Opinião: Taça Rio é o maior símbolo do que vivem atualmente Botafogo e Vasco

Botafogo não vive uma grande temporada até aqui  (Foto: Vítor Silva/ BFR)

Por Guilherme Abrahão

Não é um grande prêmio, na verdade nem pode ser considerado um troféu de consolação. Não para Botafogo e Vasco, que decidem nos dois finais de semana a Taça Rio, que antes dava vaga para a final  e agora é um prêmio aos eliminados. E na verdade, era para ser um prêmio aos pequenos clubes do Estado. Pois quatro avançam às semifinais do Carioca. E no cálculo inicial, os quatro grandes deveriam estar. Coincidência ou não, os que ficaram de fora foram os dois que vivem um calvário em 2021 e vão disputar a vaga na elite do Brasileiro, talvez com a chance de um tirar o outro da competição e, consequentemente, da Série A em 2022.

Porém, essa Taça Rio não virou um torneio de consolação e sim uma decisão simbólica. Para mostrar quantos degraus abaixo hoje estão os dois gigantes cariocas. Se no Estadual a final deu o óbvio: Flamengo e Fluminense, na Taça Rio parece ser uma decisão para colocar ainda mais abaixo todos os planos dos rivais. O troféu nada vai significar. Apenas os R$ 1 milhão que entram nos cofres do vencedor – ou que talvez sejam penhorados antes mesmo de chegar na conta corrente.

Por ora, o Vasco parece estar mais seguro e confiante. Tem a vantagem na final. Segue na Copa do Brasil. Foi melhor no Carioca. O Botafogo só tem esses jogos de consolo. Depois foca suas atenções para as 38 rodadas da Série B. Serão todos os jogos que o clube fará no ano. Faltam um total de 40 partidas para o fim da temporada 2021. Para o Vasco, pelo menos 42, com os dois confrontos da Copa do Brasil diante do Boavista.

A perspectiva não é tão boa, olhando para uma visão mais ampla. A obrigação ainda é imensa. Afinal, apesar de tradicionais clubes na Série B, Vasco e Botafogo – ao lado do Cruzeiro – precisam utilizar o peso de suas camisas para retornar. Essa Taça Rio junto com a final do Carioca é um exemplo da diferença que hoje está em vigor no Rio de Janeiro. Nem precisa citar o Flamengo, que está passos à frente de qualquer rival. Basta usar o Fluminense de exemplo.

Germán Cano vem sendo decisivo – novamente – para o Vasco (Foto: Rafael Ribeiro/Vasco)

Enquanto o Tricolor segue no Carioca, tentando impedir o tricampeonato do Flamengo, e com chances na Copa Libertadores, Botafogo e Vasco lutam pela sobrevivência. Lutam por dias melhores. Lutam por apenas R$ 1 milhão. Dinheiro que antes vinha apenas para aumentar o orçamento, hoje entra como salvação. A situação é caótica. Flamengo e Fluminense assistem de camarote a tristeza dos principais rivais. Que essa Taça Rio seja um divisor de águas. Será bom para ambos. Será bom para o Rio. Será ótimo para o Brasil.

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