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Opinião: Um Brasil escravizador

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Basta caminharmos pelas ruas e avenidas das cidades, para constatar que não é possível deixar de abordar o tema da fome em nosso país. Muito embora a Lei Áurea tenha iniciado no século passado, os negros antes escravizados pela elite brasileira, os senhores de engenho, a escravidão permanece até os dias de hoje.
A escravidão pode ser reconhecida nas desigualdades racial e social se perpetuando em nossa sociedade, cada vez mais discriminatória, sustentada pela nossa elite encastelada nos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário.
A escravidão, hoje sem a ação da chibata, se dá através de um sistema elitizado e corrupto, exercendo um domínio que amplia e aprofunda uma desigualdade social extremamente perversa, atingindo milhares de homens, mulheres e crianças.
De acordo com os dados divulgados pela ONU, apesar da queda de 85% na insegurança alimenta severa, o Mapa da Fome melhora, mas tem 8,4 milhões de subnutridos, registrando que 1/5 da população brasileira não teve acesso adequado à alimentação nos últimos três anos, ou seja, 8,4 milhões enfrentam desnutrição crônica.
O país teve ao longo do último triênio, 40 milhões de habitantes com insegurança alimentar moderada ou grave. Segundo a agência da ONU, a moderada é aquela em que a pessoa tem dificuldade em ter acesso a uma alimentação adequada, o que faz com que em determinado período acabe comendo menos, ou com menor qualidade. Já a insegurança grave é quando falta efetivamente comida por um dia ou mais.
A fome não tem cor, não tem raça, não tem gênero, mas tem os opressores, que se utilizam do erário público para se perpetuarem no poder exercido, ora pela força militarizada, ora pela da caneta do poder judiciário.
Enquanto o povo carece de atendimento médico e hospitalar, segurança, moradia, alimentação e emprego, a elite faz a farra, protegida nos melhores hospitais, com segurança, moradia e uma gastança na alimentação que é uma afronta, um deboche, uma provocação, uma agressão, aos milhares de brasileiros que vivem na miséria.

Brasil… Um exemplo para a Venezuela

Os imperadores do STF, a serviço da presidência, impõem o terror para subjugar o povo. E não há limites.
Condenaram à senhora Maria de Fátima Mendonça Jacinta Souza, de 67 anos, a multa de R$ 30 milhões, a ser dividido entre todos os condenados e 17 anos de prisão pela participação nos atos do 8/1.
Dona Fátima é acusada de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado, deterioração do patrimônio tombado e associação criminosa armada.
Afastada dos filhos de seis e nove anos, a cabeleireira Débora Rodrigues dos Santos, segue presa sem denúncia por mais de um ano e dois meses no Centro de Ressocialização Feminino de Rio Claro.
A ordem de prisão partiu do ministro imperador Alexandre de Moraes, por ter cometido o crime de escrever com batom, a frase ‘Perdeu Mané’ na estátua ‘A Justiça’, localizada em frente à sede do império.
O que Maria de Fátima Mendonça Jacinta Souza, Débora Rodrigues dos Santos e todos os presos do 8 de janeiro tem em comum?
São todos militantes extremistas do Movimento Revolucionário 8 de Outubro (MR8), Ação Libertadora Nacional (ALN), o Comando de Libertação Nacional (COLINA), Partido Comunista do Brasil (PCdoB), Partido Comunista Brasileiro (PCB), Vanguarda Popular Revolucionária (VPR) e a Vanguarda Armada Palmares, Organização Revolucionária Marxista – Política Operária (Polop). Ironia à parte…