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Orquestra Voadora chega a seu 15º carnaval firmando ponto como uma das fanfarras mais divertidas da folia de rua

Um dos blocos responsáveis por agregar instrumentos de sopro à folia de rua, a Voadora faz seu “Carnaval de Debutante”, com cortejos no Aterro do Flamengo (RJ) e no Parque Ibirapuera (SP)

Seja pela sonoridade impactante dos instrumentos de sopro, seja pelo repertório eclético e irreverente, seja pelos circenses desafiando a física em suas pernas-de-pau, ou ainda pelo cenário único dos jardins do Museu de Arte Moderna, a Orquestra Voadora já criou uma identidade inconfundível e cravou seu estandarte no carnaval de rua do Rio.

Completando 15 anos em 2024, a fanfarra mais divertida da folia carioca desfila na terça-feira de carnaval, dia 13 de fevereiro, em seu já tradicional itinerário no Aterro do Flamengo, partindo às 14h da altura do Outeiro da Glória – onde concentra-se desde as 13h – em direção ao MAM. Na semana seguinte, a Voadora leva toda a sua irreverência para o Carnaval paulistano e aterrissa no Parque Ibirapuera – dia 17, com concentração às 11h e cortejo ao meio-dia. 

No “Carnaval de debutante”, a Orquestra Voadora resolveu revisitar sua história, que remonta a 2008, ano em que amigos músicos, de diferentes origens, começaram a ensaiar nos jardins do Museu de Arte Moderna, à época uma região considerada perigosa e pouco frequentada pela população da cidade.

Outra coisa que pareceu peculiar, além do lugar escolhido para os ensaios, foi a seleção de um repertório musical inovador para a formação de banda de fanfarra. No lugar dos sambas e das marchinhas, a banda formada só por instrumentos de sopro e percussão, apresentava versões instrumentais e criativas para grandes sucessos da música Pop e mundial e da nossa MPB.

Já no ano seguinte, o primeiro desfile (que não teve divulgação nem constou no calendário oficial da cidade) reuniu 3 mil pessoas. Em 2010, antevendo a explosão do número de foliões, o bloco foi deslocado para a ampla pista do Aterro do Flamengo e deparou-se com um dilema comum entre muitos coletivos carnavalescos que cresceram junto com o próprio carnaval de rua: agigantar-se ou manter-se informal e com sonoridade acústica. Foi também em 2010 que o bloco reuniu, pela primeira vez, um grupo de pernaltas, hoje marca registrada da Voadora, oriundos da Grande Companhia Brasileira de Mystérios e Novidades.

Investimentos em infraestrutura foram feitos a partir de 2011, sobretudo em sonorização e segurança, para que o bloco alcançasse um modelo de desfile profissional mas que não perdesse, em função dessa profissionalização, sua essência democrática, acessível e horizontalizada.

Esse modelo, com os ajustes necessários devido ao crescimento constante do coletivo, perdura até os dias de hoje, com uma estrutura pouquíssimo hierarquizada (durante a introdução de “Purple Haze”, clássico de Jimi Hendrix, os integrantes gritam o bordão “Não há maestro!”); uma genuína preocupação com acessibilidade e inclusão (o tema do carnaval de 2023 foi “O Futuro é Anticapacitista” e o bloco mantém, desde 2018, um Núcleo de Acessibilidade); e uma vocação musical coletiva e acolhedora (desde 2013 a Orquestra Voadora integra a Liga dos Amigos do Zé Pereira, associação que reivindica um modelo viável de carnaval de rua e mantém, também desde 2013, sua oficina de instrumentos de sopro e percussão no Circo Voador, onde desenvolve arranjos que possam ser tocados por músicos de diferentes níveis técnicos).

Em 2017, a Orquestra Voadora estreou no carnaval de rua paulistano e seguiu desfilando por lá até 2020, ano da pandemia. Depois de um hiato de três anos, o bloco volta à cidade e faz seu cortejo, pela primeira vez, no Parque Ibirapuera. 

Toquem as trombetas e rufem os tambores porque lá vem a Orquestra Voadora, pela 15ª vez, com seus mais de 200 músicos e quase 100 pernaltas, ocupando responsavelmente o espaço público com sua fanfarra potente e seu repertório abrangente, que vai do pop internacional (“Thriller”, “I Will Survive”) à música brasileira de múltiplas vertentes (“Frevo Mulher”, “Lança Perfume”, “Filhos de Gandhi”, “Sossego”).

SERVIÇO:

ORQUESTRA VOADORA

RIO DE JANEIRO:

Data: 13 de fevereiro de 2024 (terça-feira)

Local: Aterro do Flamengo

– Concentração: 13h, na Av. Infante Dom Henrique s/n (autopista do Aterro do Flamengo, altura do Outeiro da Glória)

– Saída: 14h, em direção ao Museu de Arte Moderna (MAM)

– Encerramento: 18h, na Av. Infante Dom Henrique s/n (autopista do Aterro do Flamengo, altura do MAM)

SÃO PAULO:

Data: 17 de fevereiro de 2024 (sábado)

Local: Parque Ibirapuera

– Concentração: 11h, na Av. Pedro Álvares Cabral, na altura do Obelisco.

– Saída: 12h

– Encerramento: 15h, na Av. Pedro Álvares Cabral, na altura do Monumento das Bandeiras

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