Deu no jornal Estado de São Paulo que o imperador supremo, Luís Roberto Barroso, em entrevista ao Valor Econômico disse que, quando terminar a presidência, terá conseguido fazer uma total “recivilização” do Brasil. ou seja, uma catequização.
Ao que parece, para os imperadores supremos, ou melhor, os deuses supremos, que agem acima do bem e do mal, os “heróis do bem”, somos um bando de índios, um bando de infiéis aos seus ditames que precisam ser doutrinados.
Para os imperadores supremos totalitários, eles são o Estado e a nação está a serviço do Estado. O povo deve ser conduzido como gado, deve ser civilizado, e o poder não emana do povo.
Na verdade, são eles os verdadeiros mandatários da Nação. Já anunciaram que não vão acatar as decisões do Congresso que os acovardados congressistas resolveram desafiar e limitar os poderes dos supremos imperadores através de um projeto de lei, tramitando na Comissão de Constituição e Justiça. Mandaram recado aos congressistas, “matéria que trata de Poder Judiciário precisa vir do próprio Poder Judiciário!”, ou seja, eles são inatingíveis. Aliás isso ficou bem claro no recado do imperador supremo Gilmar Mendes, em uma sessão do STF: “é o STF quem garante a democracia no Brasil”, e o outro imperador supremo foi mais adiante e disse: “que não se mexem em instituições que estão funcionando.”
Fato é que para os imperadores supremos, a democracia não é o governo do povo e o País não é governado diretamente por seus representantes eleitos. Essa é nossa triste realidade.
Arrogância com os pagadores das contas
Após a eleição de domingo, a imperadora suprema Cármen Lúcia, presidente do TSE, disse que o processo eleitoral brasileiro é “o Brasil que deu certo”. Bem só se for para os interesses deles, como veremos a seguir pelo orçamento projetado e aprovado para esse ano em curso: previu a bagatela de R$ 897.877.951 de gastos, incluindo o aumento salarial dos ministros do tribunal, que saltará de R$ 41,6 mil para R$ 44 mil, a partir de fevereiro. Do valor total aprovado pelos magistrados, R$ 590 milhões são referentes a remunerações e benefícios dos servidores, R$ 247 milhões para pagamento de contratos com empresas terceirizadas e outras despesas discricionárias, R$ 60 milhões são destinados à tributos da folha de pagamento.
Na mesma direção, o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) aprovou proposta orçamentária para 2024, que será de R$ 297,8 milhões. O valor indica um aumento de 16,7% nas despesas, na comparação com 2023.
Não ha Orçamento Público que suporte tantas mordomias
Depois do incidente com o “Aerolula” no México, Lula quer comprar alguns aviões para a presidência, ou seja, ele não quer mais um, quer alguns, sob a justificativa de transportar ministros, que usam voos comerciais ou da FAB.
Só para lembrar, o “Aerolula”, comprado em 2004, nos custou cerca de US$ 56,7 milhões, pelo câmbio de hoje R$ 300 milhões. Ano passado, informações trazidas pela imprensa deram conta que a primeira-dama, atuou significativamente nas discussões sobre a aquisição de um novo avião presidencial, estimado em R$ 400 milhões.
Ainda em promoção dos gastos públicos, segundo fontes de Banco Mundial, o erário público financia 70.794 políticos, 12.825 assessores de parlamentares na Câmara, 4.455 assessores no Senado, 27 mil assessores nas Câmaras Estaduais sem concurso público, 600 mil assessores nas Câmaras Municipais, num total 715 mil não concursados, acusando um gasto total acima de R$ 128 bilhões por ano, alem dos R$ 6 bilhões do fundo partidário.
E não para por aí. As aposentadorias de 64 senadores custam R$ 1,4 milhão por mês, ou R$ 18,8 milhões por ano. Sem contar com as pensões de 67 dependentes de ex-senadores falecidos.
E o povão que paga toda essa mordomia, amarga um péssimo atendimento hospitalar, ensino e segurança pública, falta de emprego e moradia.