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Peixe, o futuro alimentar na próxima década

Está preocupado com a carne vermelha? Nos próximos dez anos, a procura pelo peixe deve aumentar nos mercados externo e interno, mas, para isso, terá de superar barreiras como as ambientais, dentre outras que, pelos cálculos da Associação Brasileira da Piscicultura, afetarão cerca de 2% da taxa de crescimento. Somente em relação à cessão das águas da União, para a construção de novos tanques é necessária uma otimização nos mais de 1.500 pleitos pendentes que dificultam o processo de legalização ambiental.

O peixe contém ômega 3, minerais como sódio, cálcio, ferro, iodo, potássio, zinco, e vitamina D. Seu consumo regular beneficia positivamente a memória, previne doenças cardiovasculares, Alzheimer e doenças ósseas.

Existe uma previsão no crescimento mundial da demanda por alimentos de que nenhuma proteína animal terá uma taxa de consumo maior que o de peixe. Estima-se que só a China consuma mais de R$ 40 bilhões ao ano de proteína do peixe.

Em 2013 a Organização das Nações Unidas (FAO) relatou que o consumo médio de peixe no Brasil é de 9,7 kg por ano, menos da metade dos 19,7kg anuais do mundo. Em 2019, segundo o Ministério da Agricultura, o consumo subiu para 14Kg, o que está acima dos 12 Kg recomendado pela FAO. Já o consumo mundial aumentou para 20 Kg por pessoa.

No Brasil, para engordar 1 kg de bovino, são necessários de 6 a 7 kg de ração. Uma ave, 2 kg. O peixe hoje, 1,3 kg. Portanto, no Brasil, ainda é menos custoso comprar um contêiner de peixe do que investir nos oito meses de criação.

Ainda este ano já há uma ação que foca no cultivo de peixes nacionais, como a tilápia, o tambaqui e o pacu. O Brasil é o quarto maior produtor mundial de tilápia, espécie que representa 54,6% da produção do país, o tambaqui tem 38,9% e outras espécies ficam com 5,7% do total.

A Apex-Brasil também preparou um planejamento estratégico da aquicultura no Brasil, com o objetivo de apoiar o desenvolvimento na aquicultura brasileira para o período de 2019/2024.

Em um relatório da FAO, a instituição declara que acredita que: “o Brasil deve registrar um crescimento de 104% na produção da pesca e aquicultura até 2025”. E considera haver uma grande oportunidade para o Brasil se tornar um dos principais fornecedores mundial desta “nobre proteína”.

Para estatísticas de superávit na produção brasileira, continua na próxima edição do JDR.

Foto: Reprodução

Sérgio Vieira – Engenheiro
e Jornalista – MTb 38648RJ
sergio.vieira@diariodorio.com.br

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