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Polícia prende suspeito de aplicar Boa Noite Cinderela em turista na Zona Sul do Rio

Foto: Jornal Povo na Rua

Um homem suspeito de aplicar o golpe conhecido como “Boa Noite Cinderela” em um turista mexicano foi preso nesta quinta-feira (6) em Cabo Frio, na Região dos Lagos. Cláudio Rafael Silva de Queiroz de Pontes, de 22 anos, foi detido por agentes da Delegacia Especial de Apoio ao Turismo (Deat) e da 13ª DP (Ipanema).

Segundo as investigações, o acusado teria conhecido a vítima por meio de um aplicativo de relacionamento, marcando um encontro na Praia de Ipanema, Zona Sul do Rio. No local, eles consumiram bebidas em uma barraca, quando Cláudio apresentou um comparsa ainda não identificado. Durante o encontro, o suspeito teria colocado uma substância na bebida do turista, que perdeu a consciência logo em seguida.

A vítima foi localizada desacordada na areia por vendedores ambulantes, que acionaram a Polícia Militar. O turista recebeu atendimento médico e informou ter tido o celular roubado.

De acordo com a Polícia Civil, Cláudio Rafael já possui três registros anteriores na Deat pelo mesmo tipo de crime, além de quatro passagens em outras delegacias por golpes semelhantes. Contra ele, também havia dois mandados de prisão preventiva em aberto.

A reportagem tentou contato com a defesa do suspeito, mas não obteve retorno até o momento. O espaço permanece disponível para futuras manifestações.

Como funciona o golpe “Boa Noite Cinderela”?

De acordo com a delegada Patrícia Alemany, titular da Deat, o golpe tem se tornado cada vez mais frequente por meio de aplicativos de encontros. Os criminosos utilizam a estratégia para atrair principalmente homens — incluindo turistas estrangeiros — para bares, festas e praias da Zona Sul.

“Há um perfil de vítimas que visitam o Rio em busca de lazer e acabam se tornando alvos dessas quadrilhas. O uso de aplicativos facilita o contato e a abordagem dos criminosos”, explicou a delegada.

As investigações apontam que a substância mais utilizada é o clonazepam, um ansiolítico de uso controlado. Misturado ao álcool, o medicamento provoca forte sonolência, perda de reflexos e lapsos de memória, o que facilita a ação dos criminosos e dificulta a reação das vítimas.