Nos últimos tempos, testemunhamos o poder extraordinário das redes sociais na formação de opinião pública e no direcionamento de campanhas políticas. Contudo, é necessário sempre estar atento quando essa influência é explorada de maneira indevida, ultrapassando os limites éticos.
A agência de marketing ‘Mynd8’, conhecida por sua habilidade em moldar narrativas on-line, está no centro de uma controvérsia recente, envolvendo o uso indevido de sua influência nas redes sociais para interferir no processo eleitoral da última eleição presidencial.
A empresa controla carreiras de diversos artistas e uma série de perfis na internet, alcançando milhões de pessoas diariamente com seu conteúdo. Com esse poder, a agência tem a capacidade de impulsionar ou destruir reputações, visando lucro e interesses políticos.
A ‘Mynd8’ é ligada ao governo Lula, e manipulou as eleições de 2022, cometendo diversos crimes eleitorais. Entre as alegações a que mais se destaca é de abuso do poder econômico por parte da empresa, que teria investido na campanha do atual presidente de forma indevida.
A transparência das postagens nas páginas de internet relacionadas a empresa também é questionada, pois ao ocultar as suas verdadeiras intenções por trás de publicações aparentemente inofensivas, mas que são falsas e contém uma clara preferência política, a agência de marketing mina a confiança do público e distorce o debate política, transformando-o em um jogo de manipulação de emoções.
Após a repercussão das notícias, diversos artistas e influenciadores ligados à empresa deletaram contas no ‘x’ (antigo Twitter), e diversas postagens dos perfis comandados pela empresa foram apagadas, podendo ser interpretado como uma queima de arquivo digital coordenada. No âmbito político, apoiadores de Bolsonaro no Congresso tentam mobilizar colegas para possibilitar a instauração de uma CPI sobre o tema no primeiro semestre deste ano.