Jornal DR1

JORNAL DR1

Edições impressas

Preço do aluguel no Rio e São Paulo registra alta no primeiro mês do ano, aponta Índice QuintoAndar

Estudo aponta que o desconto concedido para aqueles que procuram imóveis sem pressa nesta época do ano é quase 50% maior do que aqueles que precisam fechar o contrato imediatamente.

O mercado imobiliário residencial no Rio de Janeiro e São Paulo começou o ano de 2023 com aumento dos preços dos novos contratos de aluguel. É o que aponta o Índice QuintoAndar de Aluguel, divulgado hoje. Na capital fluminense, em janeiro, a alta em comparação com dezembro foi de 1,45%, com o preço médio de R$ 36,73 por metro quadrado – o 17º mês consecutivo de aumento. Já na capital paulista, a alta foi de 0,95%, chegando ao preço médio de R$ 42,62 por metro quadrado e acumulando 19 meses de aumento.
Entre os principais fatores para o recorde registrado está a alta temporada de procura de aluguéis. Como muitos contratos vencem no final do ano, há uma demanda maior por aluguel nos primeiros meses do ano. E, assim como no ano passado, regiões mais próximas do transporte público têm sido mais valorizadas, o que explica o aumento dos preços.
Assim como nos meses anteriores, os imóveis de um dormitório se destacaram. No Rio, a alta foi de 2,52% em comparação com dezembro. No último mês, o preço médio desses imóveis foi de R$44,27 por metro quadrado. Em São Paulo, o aumento foi de 0,71%, chegando ao preço médio de R$ 54,07 o m² desses imóveis em janeiro. Isso significa que uma pessoa que tenha alugado um apartamento de 35 metros quadrados terá que desembolsar, em média, R$ 1.549 por mês no aluguel no Rio e R$ 1.892 em São Paulo, sem contar o condomínio, IPTU e outras taxas.
Uma das formas de economizar é ter tempo disponível para a busca do imóvel. Em janeiro, dados do QuintoAndar indicam que o desconto concedido para aqueles que decidiram procurar por imóveis “sem pressa” foi, em média, 50% maior no Rio e 44% maior em São Paulo do que o recebido pelos que decidiram se mudar “o mais rápido possível”, sem se programar. “Isso significa que quanto mais cedo você começa a buscar um imóvel, maior a probabilidade de conseguir um melhor preço e negociar”, afirma Vinicius Oike, economista do QuintoAndar.
Para fazer essa comparação, foram analisados os questionários dos inquilinos que fecharam contrato em janeiro na plataforma do QuintoAndar. Ao responderem quando pretendiam se mudar, foram escolhidas opções como “o mais rápido possível”, “no próximo mês” e “nos próximos três meses”. Os percentuais de SP e Rio são a diferença entre aqueles que responderam “o mais rápido possível” e “nos próximos três meses”, o que indica que estes últimos ou já estavam na procura por mais tempo ou que, mesmo que tivessem acabado de iniciar a busca, jogaram o preço mais para baixo na hora de barganhar, justamente por terem uma margem maior de tempo para mudança.
Dados do Índice QuintoAndar mostram que a diferença entre o preço do anúncio e o do contrato atingiu -9,52% no Rio de Janeiro, mantendo um ciclo de estabilidade observado nos últimos meses. Já em São Paulo, esta diferença atingiu -10,51%, crescendo nos últimos meses. Isso significa que há mais espaço para barganhar, mesmo com um cenário de preços mais elevados.
“Com o mercado aquecido, os proprietários têm aproveitado para aumentar cada vez mais os preços. Isso não significa, porém, que os contratos fechados estejam acompanhando essa alta na mesma medida. Ou seja, ainda há espaço para negociar e conseguir um desconto na hora de fechar negócio”, conclui o economista do QuintoAndar.

Confira também

Nosso canal

Podcast casa do Garai Episódio #20