Dez pessoas foram indiciadas, no último dia 3 de junho, no primeiro caso de sequestro com pedido de resgate em criptomoedas no Brasil. Segundo a Polícia Civil de Pernambuco, o crime aconteceu no dia 10 de março na cidade de Recife, capital pernambucana. Os criminosos escolheram como alvo um empresário do mercado financeiro e sócio de banco digital que frequentemente negocia bitcoins e outras criptomoedas.
A polícia pernambucana afirma que o líder da quadrilha de sequestradores é um ex-estagiário da Caixa Econômica Federal e, por isso, havia experiência com o tipo de economia utilizada no crime. Especificamente, o empresário foi sequestrado nos arredores de um edifício empresarial conhecido como Excelsior, sede de uma startup de investimentos.
O delegado Paulo Berenguer, do Grupo de Operações Especiais de Pernambuco (GOE-DRACCO), disse que os criminosos “pediram uma quantidade absurda de criptomoedas durante o sequestro e negociaram com os sócios da empresa e com os familiares do empresário (…) Eles vendem as criptomoedas por um valor abaixo do mercado e começam a negociar dessa forma. Supondo que eles conseguiram o valor de um milhão de reais, por exemplo, eles venderiam por R$ 500 mil na darknet”.
A Polícia Civil de Pernambuco acredita que este foi o primeiro resgate exigido em criptomoedas mediante sequestro no Brasil, contudo não foi o primeiro crime da quadrilha — uma vida de ostentação era revelada nas redes sociais.
Não confunda
Este foi um caso de sequestro físico. Na internet, temos o ransomware: um tipo de vírus que sequestra os arquivos do seu computador e exige uma quantidade em criptomoedas como resgate. Até que ponto a tecnologia pode se voltar contra nós? O problema seria a tecnologia ou a pessoa que a utiliza? Fica a questão para pensarmos.
Aisha Raquel Ali
Webdesigner, assessoria em social media e marketing
aisha.raquel@jornaldr1.com.br