O Protesto por falta de água e luz interrompeu a circulação do BRT na Zona Oeste do Rio durante a madrugada deste domingo (28). Moradores incendiaram pneus na Avenida Dom João VI, em Guaratiba, no sentido Santa Cruz, em resposta à ausência dos serviços básicos há mais de uma semana, segundo relatos.

A interdição ocorreu na altura do BRT Magarça, o que paralisou temporariamente as linhas 10, 11 e 12. Equipes do Corpo de Bombeiros, da Polícia Militar e da CET-Rio atuaram no local para conter o fogo e restabelecer a circulação.

Segundo a Mobi-Rio, os serviços começaram a ser normalizados por volta de 0h42. Na manhã deste domingo, a calha do BRT já estava liberada em ambos os sentidos.

A manifestação ocorreu em meio a um período de calor intenso na capital fluminense, com temperaturas acima dos 35°C desde o Natal. Moradores de Guaratiba e Santa Cruz usaram as redes sociais para relatar transtornos causados pela falta de energia elétrica e de abastecimento de água.

A Light acabou de chegar, é um absurdo! Todo dia passamos 3 horas com energia e o resto do dia e noite sem! A Light não queria vir trocar o transformador que já está viciado desde o ano passado, escreveu um internauta.

Um absurdo tremendo verão faltando água e luz, tirando o calor que está, comentou outro morador.

Várias ruas do bairro têm falta d’água diariamente, só chega tarde da noite, isso quando chega. O problema já se alastra por anos. Falta de respeito!, relatou mais uma pessoa.

No sábado (27), a cidade registrou máxima de 35,5°C, segundo o Alerta Rio, com pico na Vila Militar, na Zona Oeste, ao meio-dia. A mínima foi de 20,9°C em Jacarepaguá, na Zona Sudoeste.

Procurada, a Light informou que a ocorrência na região foi provocada por sobrecarga na rede devido ao excesso de ligações clandestinas. Em locais com altos índices de furto de energia, a empresa reforça ações de combate às irregularidades, reduzindo a probabilidade de ocorrências como incêndios e curtos-circuitos. As ligações clandestinas são criminosas e podem causar acidentes, afirmou em nota.

Já a Rio+Saneamento, responsável pelo fornecimento de água, não respondeu até a publicação. O espaço segue aberto para manifestação.