Girls On Six, projeto criado para abraçar o cenário feminino do jogo Rainbow Six, trazendo informações e conteúdos em relação as meninas que estão incluídas no mundo do game. A entrevistada desta edição é a dona de todo esse projeto e que toca o rumo para melhorar o cenário.
Daniele Biase, mais conhecida como Dani, tem 31 anos, mora em São Paulo e é formada em Comunicação na área de Rádio e TV. Dani se diz uma pessoa de sonhos e gosta de ver as pessoas felizes. O que ela mais admira nas pessoas são as risadas. Seu amor pelos animais rendeu inclusive uma tatuagem, na qual ela faz uma homenagem aos cachorros que estiveram presentes em sua adolescência. Ela os considerava como irmãos. No ano de 2020, ela perdeu seus dois dos três companheiros
da juventude e agora esse espaço são dos gatos, atuais companheiros.
Grande fã de músicas, escuta de tudo, sendo uma pessoa bem eclética. Independente do estilo, ela está curtindo de todas as formas e acredita que a musica tem o poder de transmitir mensagens e emoções, bem mais do que a fala.
Seu maior hobbie não é nenhuma surpresa e não poderia ser outro… Os games.
Dani joga desde que soube da existência do videogame, influenciada desde os 5 anos de idade pelos irmãos. Sendo uma apaixonada por jogos de campanha, tendo seus principais jogos favoritos Resident Evil, que joga desde os 7anos de idade, e mais recentemente The Last Of Us 2.
Em 2017, ela conheceu o Rainbow Six, onde tudo começou.
Para conhecermos melhor sobre a Girls On Six, Dani concedeu entrevista ao Jornal DR1, que acompanhamos a seguir.
Jornal DR1 – Como você conheceu o Rainbow Six Siege?
Dani – Conheci no ps4 em 2017. Meu namorado me apresentou e eu odiei. Justamente por eu ser da vibe de jogos de campanha, achava um absurdo um jogo só online sem uma gameplay solo. Cheguei a ir à Pro League daquele ano mesmo sem entender muita coisa. Foi no final que comecei a pegar gosto pelo game e entrei nesse mundo sem volta.
Jogava literalmente todos os dias com meus primos e amigos. Joguei alguns campeonatos amadores também por lá. No começo de 2020, migrei pro PC e comecei a conhecer o competitivo feminino. Na época, quase não achava informações. Era sempre muito difícil.
Cheguei a fazer testes em alguns times, mas nunca me senti confortável então resolvia não seguir.
Jornal DR1 – O que te motivou a criar a Girls On Six?
Dani – Justamente pelo motivo da pergunta anterior. Eu não via, não achava informações com facilidade sobre o competitivo feminino, nem a própria página oficial compartilhava o que estava rolando. Então, decidi eu mesma criar esse canal de comunicação porque sabia que possivelmente o que era um problema pra mim, era para outras pessoas também.
Jornal DR1 – Sabemos que a comunidade ainda tem muito preconceito. Quais os maiores desafios para você atualmente?
Dani – Acho que o maior desafio não só para as Girls, mas pro cenário em si, é justamente a aceitação pela comunidade, em grande parte machista.
O mais importante e principal é que as próprias meninas se unam se respeitem e se apoiem. O que infelizmente não tem sido fácil, mas já tem melhorado muito. Se isso acontecer o resto vira detalhe. Como diz a frase clichê, porém muito real “A união faz a força”.
Jornal DR1 – Como você se sente, ao fazer parte de um projeto que está incentivando o cenário feminino?
Dani – Às vezes penso a ficha não caiu ainda (risos). A grandeza de tudo e o que a GirlsOn-Six representa hoje para o cenário feminino, além do que tem conquistado é inenarrável.
Só gratidão por tudo a Deus e quem realmente apoia o projeto.
Jornal DR1 – A Copa Girls On Six é atualmente um campeonato que está abraçando o cenário feminino de Rainbow Six e chamando atenção justamente de meninas que não tiveram oportunidades de participar de um campeonato principal como o Circuito Feminino e poder ter o espírito de serem jogadoras profissionais. Você acredita que a copa pode entrar em outros jogos?
Dani – Não! A copa é para o Rainbow Six. Nunca pensei nem em criar página para outros jogos.
Jornal DR1 – Já tivemos a primeira semana da 2ª Edição da Copa Girls On Six. O que você está achando do campeonato para essa edição, e como está se sentindo diante a essa etapa?
Dani – Estou bem feliz com os resultados, tanto em dados quanto em repercussão e feedbacks positivos.
Começou superando minha expectativa. Chegamos a quase 400 espectadores na transmissão. O dobro da estreia da edição anterior
e sem ganks (envio de público para outra transmissão).
Outro ponto é que agora com o patrocínio importantíssimo da Intel, a minha responsabilidade com a copa triplicou. É um misto de ansiedade para tudo dar certo, com felicidade que tudo está dando certo.