As ferrovias tem origem no Século XIX, quando a máquina a vapor começou a ser utilizada para movimentar composições por cima de trilhos. Passaram a ser desenvolvidas para o transporte de passageiros e definiram um novo padrão de transporte por via terrestre.
Por volta de 1776 os trilhos de madeiras, até então utilizados, começaram a ser trocados por trilhos de ferro, o que caracterizou a Rall Way, ou seja, a linha férrea.
Com mais força, as máquinas foram substituindo os cavalos, proporcionando o aumento do número de vagões e da qualidade de carga transportada pelas composições. A partir desta época foram ocorrendo diversas melhorias técnicas nos trilhos e nas locomotivas. As ferrovias estabeleceram uma perspectiva diferente sobre a ideia de transporte de cargas mais pesadas e por longas distâncias. Em razão das possibilidades de mobilidade, também, no meio urbano, as linhas férreas passaram a ser uma opção para transporte de passageiros. Neste sentido, a Inglaterra tomou a frente no que corresponde a essa modalidade, inaugurando em 1812, a primeira composição para transportar, exclusivamente, passageiros.
O ano de 1830 ficou marcado como o início da Era das Ferrovias, quando foi inaugurada, na Europa, a primeira linha férrea de longa distância para passageiros em escala comercial.
Ao contrário das nações ricas, onde as ferrovias foram construídas de maneira a integrar seus territórios, as ferrovias estabelecidas nos países explorados tiveram sua estrutura criada e planejada para interligar as áreas produtoras de matérias- primas em direção dos portos para facilitar o escoamento desses produtos.
No Brasil, não demorou para que as questões relacionadas à invenção da locomotiva e a construção de estradas de ferro fossem conhecidas. As primeiras iniciativas nacionais, no que diz respeito às ferrovias, data de 1828, quando o Governo Imperial autorizou por Carta de Lei a construção e exploração de estradas em geral.
O primeiro trem a circular no Brasil, foi puxado por uma locomotiva chamada Baronesa. A data histórica de sua primeira viagem foi o dia 30 de abril de 1854. Percorreu a distância de, aproximadamente, 15 km compreendida entre o Porto de Estrela, e a localidade de Raiz da Serra, em direção à cidade de Petrópolis, estado do Rio de Janeiro. Irineu Evangelista de Souza, o Barão de Mauá, foi o responsável pela construção dessa ferrovia por uma concessão dada pelo Príncipe Regente D. Pedro II. A responsável pela obra foi a Empresa Imperial Companhia de Navegação a Vapor e Estrada de Ferro Petrópolis de propriedade do Barão de Mauá. A Ferrovia ficou conhecida como Estrada de Ferro Mauá.
A Estrada de Ferro Mauá, permitiu a integração das modalidades de transportes aquaviário e ferroviário, introduzindo a primeira operação intermodal do Brasil. À embarcação fazia o trajeto inicial da Praça XV indo até o fundo da Baía de Guanabara, no Porto Estrela, e daí, o trem se encarregava do transporte até a Raiz da Serra, próximo a Petrópolis.
Quando da proclamação da República, em 1889, já existiam, no Brasil, cerca de 10.000 km de ferrovias, mas foi no inicio do Século XX que se deu um grande passo no desenvolvimento das ferrovias, tendo sido construídos entre 1911 e 1916 mais de 5.000 km de linhas férreas.
A Estrada de Ferro Central do Brasil foi um marco importante na história ferroviária brasileira. Foi a única ferrovia, verdadeiramente, nacional, já que ligava entre si 3 dos principais estados do Brasil: Rio de janeiro, Minas Gerais e São Paulo.
Infelizmente, a atual malha ferroviária brasileira encontra-se em condições precárias, encontrando-se sucateada e esquecida.