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Servidores são pressionados para que retomem trabalho presencial em junho

Sob pressão do Palácio do Planalto, os ministérios da Economia e da Saúde discutem a volta ao trabalho presencial de servidores públicos federais que, desde março, podem adotar o regime de teletrabalho por causa da pandemia do novo coronavírus.

As reuniões entre as duas equipes técnicas têm focado no planejamento da chamada “pós-pandemia”, quando será possível retornar atividades presenciais.

Não há data prevista para a retomada, mas, reservadamente, integrantes dos dois ministérios confirmam que há pressões do Planalto para que sejam revisados, já a partir de junho, artigos de uma Instrução Normativa que orienta órgãos federais sobre medidas de proteção durante a pandemia.

O retorno dos servidores públicos aos postos de trabalho teria grande impacto para as medidas de isolamento social em vigor no país por determinação de governadores. Uma das ideias em estudo é manter apenas os chamados grupos de risco afastados, em teletrabalho.

Dois ministérios, Turismo e Cidadania — cujos chefes seguem à risca as determinações do presidente Jair Bolsonaro, que é contra o isolamento social para conter a disseminação do novo coronavírus —, decidiram se antecipar e estão convocando os servidores para o trabalho presencial.

O presidente do Fórum Nacional Permanente de Carreiras Típicas de Estado (Fonacate), Rudinei Marques , disse que é uma temeridade a pressão do presidente Bolsonaro. Segundo ele, a pressão é diária de Bolsonaro e os servidores “vão para o Judiciário levar os argumentos técnicos da Organização Mundial de Saúde e da Fiocruz”.

“O presidente está forçando o caráter simbólico do retorno. Ele quer dizer que está tudo normal e não tem motivo para não voltar a frequentar o trabalho, estádios, compras”, disse Marques. A Fonacate representa 32 entidades. Cada entidade tem sua independência para ajudar a executar uma ação.

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