Jornal DR1

Ars Gratia Artis: Em 2023

Que a palavra e a ação sejam uma só coisa. Que haja entendimento de fé, coração e mente que nem sempre o que é justo nos privilegia. Que as promessas sejam cumpridas, honrados os perdões concedidos. Haja respeito pelos mais velhos, pelos mais novos; pelas mulheres, homens, de todos os gostos e crenças, de todas as cores e credos, de todos os partidos e tribos, de todos os tempos pra trás ou pra frente. ‘Aceitação’ é diferente de Tolerância’. Julgar atitudes não é julgar pessoas. Há muitos prazeres condenáveis: o de julgar e condenar o outro, é um deles. O de escarnecer, de manipular, para que sua vontade seja feita, é semente de ódio e destruição. Acreditar que pessoas nasceram para serem ‘lobos’ e outras para serem ‘ovelhas’ é um artifício conveniente para quem deseja perpetrar, mascarar e sofisticar milênios de injustiça, atribuindo ‘naturezas’ a um, a outro, a si mesmo. O forte, como o fogo numa vela, acende outras velas sem perder o lume. Não arroga a si, somente – como a alguns outros eleitos pela materialidade ou pela espiritualidade  o dom da chama. Todos, a seu tempo e momento, servem e são servidos. O que deseja apenas ser servido, eis o verdadeiro fraco. Muito do que sabíamos ter aprendido, retorna. A vida repete situações, como numa espiral, como que para testar se a lição foi ou não aprendida. Num mesmo nível, num nível ainda mais difícil, ou mesmo mais simples. Em tais repetições, para além de um destino inevitável, para além de um labirinto sem propósito, transparece sublime Misericórdia, impulsionando todos os círculos da Vida. Não nos enganemos: há grandiosos e ocultos mundos, dentro de outros mundos; cósmicos, atômicos, pluridimensionais… onde, em… Continue a ler Ars Gratia Artis: Em 2023

Ars Gratia Artis: Parte III – “Revertere ad locum tuum”?

A febre tomava-me de assalto, meus olhos piscavam incessantemente oferecendo-me a visão turva de um homem que se aproximava, falando palavras indistinguíveis, portando uma grande mangueira, cujas águas, torrencialmente como uma chuva horizontal super concentrada, atingia àqueles que até então serviam para mim de esconderijo. Com uma voz altissonante, ao perceber algo que se mexia… Continue a ler Ars Gratia Artis: Parte III – “Revertere ad locum tuum”?

Parte II – “Revertere ad locum tuum”?

Em vão.  Minhas unhas fincadas na pedra úmida quebraram-se e, deixando escapar um berro lancinante, caí em cima dos corpos aboletados.  Minha respiração dava-me a impressão de que o peito iria explodir, experimentava uma taquicardia que quase me levou ao desfalecimento, mas, aparentemente, meus ossos ainda estavam indenes, excetuando-se o resto do corpo, coberto de… Continue a ler Parte II – “Revertere ad locum tuum”?

Parte I – “Revertere ad locum tuum”?

Foto: Reprodução

– Conte-me! Vamos, não seja estúpido, seu estado está atrapalhando a nós todos.  Precisamos recontinuar o jogo! – disse-me um dos sujeitos que vi após o incidente que me aconteceu.  Ainda atônito, dominado por um pavor furioso e morboso, quis relatar ao homem cuja face não pôde ser fixada pela memória a seguinte história… Estava… Continue a ler Parte I – “Revertere ad locum tuum”?

Haveres

HÁ COISAS QUE NÃO SE EXPLICAM Pois nunca serão palavras Há palavras que não se vivem Porque a palavra não é a coisa. Entre olhares que se entrecruzam A VIDA QUE NÃO SE EXTINGUE Vira palavras que não se usam Porque a palavra é a matéria da ilusão de um limite. Entre as bocas que não se beijam Nem sempre há vontades no vazio Mas sempre há o dizer ou o silêncio Dos seres, que de tão distantes, Nos limites se abraçam. Por isso sempre o limite Antes de um dizer tão singelo Porque se os limites são infinitos – como todas as coisas Não há distâncias entre as bocas que dizem beijos e as que os calam.

Crátilo

Naquele dia chuvoso, naquele… Ariadne voltou, estava fugindo de mim… ou ao menos assim parecia. Disse: – Crátilo… Por que você sempre fala a mesma coisa?… como não se cansa? Permanecia calado, dando de ombros como quem pergunta ‘falar o que? Eu nada disse…’. Ela continua ‘se fosse de outro jeito talvez eu entendesse… mas… Continue a ler Crátilo

Alento

O que se ama é o que se dá. A esperança adornada na forma d’uma flor que murchou e somos nós a olhar para ela, controlando o sentimento de culpa que sentimos fora de nós quando as coisas que consideramos belas têm que ser substituídas. A morte é uma substituição. Um pequeno relógio de pulso… Continue a ler Alento

Ao Amor

Foto: Imagem da internet

Dedicado à minha esposa, Luciana Tempestades de areia, carvão e diamantes que cegavam não os impediram de sentir… o outro está por perto… e os espinhos – cravados em cada poro – no abraço e no enlace traziam mil dores…  mas as mãos permaneceram firmes, dadas com a fé dos que não crêem em nada.… Continue a ler Ao Amor

Parabéns, Ariadne

Foto: Freepik

Parabéns, Ariadne. Esteja eu doente ou não, parabéns. Você está fazendo o que deve ser feito. Protegendo sua cria, mesmo que contra um ‘ataque’ que nunca sequer existiu, porque eu NUNCA ataquei nossa filha ou ela foi vítima de qualquer uma de minhas crises… Por que nunca falamos a ela que foi adotada? Por que!!!???… Continue a ler Parabéns, Ariadne

Ao meu pai

O Amor do Pai para com seu filho é especial, divino, assim como o é o Amor do(a) Criador(a) para com suas Criaturas. seja Ele ou Ela Javeh, Shiva, Allah, Buddha, Gaia, Athena, Isis… ou a expressão incognoscível que tece os milagres do Cosmos e da Antimatéria, em silêncio… para além, muito além das nossas… Continue a ler Ao meu pai