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Saúde das mulheres e vacinação

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A importância da imunização ao longo da vida

A vacina é, sem dúvida, um dos maiores marcos da ciência, responsável pela redução significativa de doenças e óbitos ao longo das décadas. Embora muitas pessoas associam a vacinação à infância, ela é essencial em todas as fases da vida. Com o tempo, a eficácia dos imunizantes pode diminuir, especialmente no caso das mulheres, que se beneficiam de vacinas que podem contribuir na prevenção de tipos específicos de câncer e oferecem proteção a gestantes e recém-nascidos contra doenças como o Vírus Sincicial Respiratório. 

“A vacina é a forma mais segura e eficaz de prevenir doenças infecciosas, protegendo contra sequelas graves e duradouras. Além disso, promove a chamada proteção de rebanho, impedindo a propagação de doenças na sociedade. Para as mulheres, manter a vacinação em dia é essencial, pois ajuda a evitar complicações durante a gravidez e protege o bebê de doenças desde o momento do nascimento”, comenta Fábio Argenta, sócio-fundador e diretor médico da Saúde Livre Vacinas.

Abaixo, confira uma lista que o Dr. Fábio preparou de vacinas indispensáveis para mulheres e gestantes: 

  • HPV NONAVALENTE – Protege contra os cânceres de colo útero e também contra os cânceres de vulva, vagina, ânus e orofaringe. É indicada dos 9 aos 45 anos de idade.
  • HEPATITE A+B – A hepatite A é uma doença viral que inflama o fígado e pode causar sintomas como febre, dor abdominal, náuseas e vômitos. Na maioria dos casos, é uma doença benigna que se resolve em algumas semanas. Já a hepatite B é uma doença viral que pode causar problemas de saúde, como cirrose hepática e câncer de fígado. A gravidade da doença varia de pessoa para pessoa. A vacina protege em uma mesma aplicação contra os dois tipos de hepatite e é indicada para todas as idades. 
  • FEBRE AMARELA – Doença infecciosa causada por vírus, que se manifesta por febre, dor no corpo, amarelão, fraqueza e com alto risco de morte em suas formas graves. Além disso, esse imunizante deve ser tomado a cada 10 anos e, por ser exigido para alguns destinos em viagens internacionais, a caderneta de vacinação deve estar atualizada. É indicada até os 60 anos de idade.
  • INFLUENZA – A vacina contra a gripe protege durante o período de maior circulação dos vírus, reduzindo os casos de agravamento da doença, as internações e os óbitos. Indicada para todas as idades e gestantes também.
  • HERPES-ZÓSTER – É uma infecção que resulta da reativação do vírus da varicela zóster de seu estado latente em um gânglio da raiz dorsal posterior. Essa vacina é recomendada a partir de 50 anos como rotina, mas pode ser feita a partir de 18 anos para pessoas com maior risco, para prevenir a doença e complicações graves, como a neuralgia pós-herpética.
  • VSR (Vírus Sincicial Respiratório) e Abrysvo – Recomendadas contra o vírus sincicial respiratório, essas vacinas são indicadas para gestantes e adultos acima de 60 anos. Recentemente, a Abrysvo foi licenciada para maiores de 18 anos e para quem tem alguma comorbidade, uma predisposição a doenças causadas pelo VSR. “Os imunizantes agem na produção de anticorpos que protegem contra o VSR. No caso de mulheres grávidas, esses anticorpos são passados para o bebê através da placenta. O recém-nascido estará protegido até os 6 meses de vida”, esclarece. 
  • dTpa (DIFTERIA, TETÁNO E COQUELUCHE) – Essa é obrigatória para gestantes porque protege a mãe e o bebê de doenças como a coqueluche, o tétano e a difteria, estimulando o organismo da gestante a produzir anticorpos contra as bactérias causadoras das doenças. “Essa vacina é fundamental pois diminui o risco de infecção da mãe e evita que a gestante transmita a coqueluche ao recém-nascido. Os anticorpos passam para o bebê através da placenta, protegendo-o nos primeiros meses de vida”, explica Argenta. 

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