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Itália Nossa: A relevância e a pluralidade da influência italiana no Brasil – Parte II

Conforme prometido, continuo enaltecendo a relevância e a pluralidade da influência italiana no Brasil, especialmente no 2º ciclo, visto dar continuidade da importância da presença do italiano, Giuseppe Adorno, que foi um marco muito relevante em nossa história com a chegada de Estácio de Sá ao Rio de Janeiro, em 1565, com a missão de expulsar os remanescentes franceses da Ilha de Villegagnon da Baía de Guanabara. Tendo sido vitorioso, Estácio de Sá fundou na base do morro Cara de Cão – atual Pão de Açúcar – a cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro.

Adorno, por ser um homem muito visionário e possuir apurada visão comercial, conquistou a confiança de Estácio de Sá, e é bem provável que o tenha convencido e influenciado quanto à mudança estratégica defensiva da cidade do Rio de Janeiro para o morro do Descanso, mais tarde denominado – Castelo. Historiadores que mais se aprofundaram no tema, afirmam que a mudança de local da cidade se deu pelas dificuldades de abastecimento d’água para a população e também por oferecer melhores condições de defesa. Por ter contribuído com prestimosos serviços à Corte, Giuseppe Adorno recebeu uma sesmaria de terras, onde hoje se localiza o bairro do Flamengo e recebeu ainda outras três sesmarias em São Gonçalo e Niterói (Praia de Piratininga). Segundo historiadores, Giuseppe Adorno teria sido o primeiro italiano a radicar-se no Rio de Janeiro.

Com tantas qualidades e interesses, Giuseppe Adorno passou a contribuir muito com o crescimento do Rio de Janeiro, e, com seu grande conhecimento na área de tecnologia dos engenhos, tornou-se importante para o desenvolvimento da cultura da cana de açúcar no território fluminense. Sabe-se também que seus empreendimentos expandiram até São Vicente no litoral paulista e muito contribuíram com o progresso de nosso país. Por conhecer bem o latim, estreitou uma forte amizade com os padres José de Anchieta e Manoel da Nóbrega.

Já o terceiro ciclo foi marcado pela presença maciça de italianos, que se deu no século XIX, quando o país teve a sua independência de Portugal. Há relatos que os europeus, principalmente os italianos, eram fascinados pela capital do Império, acredita-se que era pela confiança que depositavam nos portugueses. Como é longa esta história, aguarde, pois na próxima edição, darei continuidade desta fascinante trajetória onde 100 italianos se misturavam em uma população de aproximadamente 150 mil habitantes, onde 50% dessa população eram de escravos. 

A presto.

Forte e fraterno abbraccio a tutti voi!!!

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