Estamos prestes a findar mais um ano e normalmente é o período em que refletimos acerca de nossos planos, atingidos ou não. É a hora do “balanço do ano”. Para alguns, a contabilidade fecha no positivo; para outros, muito aquém do idealizado. O que fazer com os maus resultados? O que cada um de nós pode e deve mudar para que o próximo ano seja melhor; atingindo, assim, o patrimônio líquido idealizado? Fazer esse paralelo com a contabilidade de uma empresa é perceber que, em nossas vidas, temos bens tão preciosos que, por vezes, costumam ser ignorados. Ei-los: a dádiva de acordar todos os dias para mais uma nova chance, nosso trabalho remunerado que nos permite a garantia de nossas responsabilidades; nossa liberdade de sermos quem somos; a alegria pelas pequenas conquistas e pelos (re)encontros; a presença de amigos. Diante de tantos bem incalculáveis, desafio você a fazer uma reavaliação patrimonial, a fim de refletir se há tantos motivos para reclamar de sua vida. Dou-lhe, caso aceite, mais uma sugestão: pare de reclamar, porque essa ação acaba por ser um novo pedido seu para que aquilo de que reclama aconteça novamente. Na Bíblia, há este ensinamento: “Um abismo chama outro abismo” (Salmos 42:7). Já havia pensado nisso?
Como intuito de sugerir um caminho para ajustar sua conduta, aproprio-me de Drummond, que sabiamente declarou em seu poema intitulado “Receita de Ano Novo”, o seguinte: “para ganhar um Ano Novo que mereça esse nome, você terá de merecê-lo, tem de fazê-lo novo”. Com isso, cabe a cada um (a) de nós a árdua e renitente atitude de agir com consciência de que a nós cabe a “virada de chave”. Portanto, mais ação e menos vitimização! Meu sincero desejo é que os ativos e os passivos de sua vida permitam que seu patrimônio líquido traga o resultado tão esperado! Sucesso em sua empreitada!
Fernanda Lessa, poetisa e sonhadora